Owarimonogatari: Volume 3 ~Brazilian Portuguese~/Escuridão Ougi/009

From Baka-Tsuki
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009[edit]

Araragi Tsukihi é uma esquisitice.

Ela é a mais nova da família Araragi, uma estudante do fundamental que vai começar a nona série ano próximo ano escolar, a estrategista das irmãs de fogo, uma garota que geralmente muda de estilo de cabelo - e uma fênix.

Se nós fôssemos classificá-la propriamente - se fôssemos classificá-la não biologicamente, mas no que diz respeito a monstros, ela seria um tipo de cuco conhecido como "Pássaro Moribundo".

O cuco é um pássaro que vai e vem entre a terra dos mortos e dos vivos - em poucas palavras, um símbolo de imortalidade. Sendo assim, a perfeição de Tsukihi Araragi como uma esquisitice imortal ultrapassa até mesmo aquela vampira.

Ela é mais invulnerável que uma vampira, mais habilidosa na ressurreição que um zumbi, e mais duradoura que um fantasma. Ela nunca vai morrer de doença, veneno, ou num acidente.

Ela possui não possui nenhuma das habilidades comuns de uma esquisitice, ela vai simplesmente viver sua vida como humana, completamente sem perceber quem ela é, então seguir para sua próxima vida como se nada tivesse acontecido.

Ela vai reencarnar.

Dizem que uma fênix é renascida das chamas, mas na verdade, é uma esquisitice simples, que não possui tal extravagância; ainda assim, não há engano que de fato ela é uma esquisitice, e como resultado, um par de especialistas fez uma visita à cidade em agosto com a intenção de exterminá-la.

Yozuru Kagenui.

Ononoki Yotsugi.

Não dá para saber dizer como aquela dupla especializada em lutar com esquisitices imortais planejava eliminar Araragi Tsukihi, a garota que não pode ser morta de jeito algum - mas como resultado do encontro, as especialistas concordaram em ignorá-la.

É claro, a garota em questão não sabia nada do que havia acontecido.

Mas ela foi permitida a continuar vivendo como uma esquisitice.

Ela foi permitida continuar vivendo como humana

Ela foi permitida a continuar como um membro da família Araragi - ela foi permitida continuar vivendo como a irmãzinha de Araragi Koyomi.

Ela foi reconhecida assim.

E ganhar reconhecimento é a função de uma esquisitice.

E então, ela é quem é no presente - ela é quem é hoje.

Araragi Tsukihi existe aqui e agora, quarta-feira, 14 de março.

"Estou saindo!"

Declarou Araragi Tsukihi enquanto saía cedo à tarde, embora talvez 'cedo' não esteja correto, já que ela foi a última pessoa a sair da casa. Ambos seus pais foram trabalhar; seu irmão, que havia acabado de terminar os exames, estava em seu último encontro como colegial; e sua irmã, prestes a se tronar uma colegial, saiu logo depois do café da manhã, indo para seu desafio kumite de 100 homens, animada. Da forma que Araragi Tsukihi via, os dois fugiram enquanto ela não estava olhando, mas sendo despreocupada como é, ela não tem observado particularmente o que seus irmão estavam fazendo para início de conversa.

Além disso, entre os três irmãos, aquela cujas ações são mais misteriosas e que apresentam maior motivo de preocupação é ninguém menos que a mais nova em questão - elá é conhecida por ser perigosamente imprevisível e cuidar dos seus negócios.

Hoje não foi diferente, embora ela dissesse para a família que 'visitaria uma amiga em recuperação' como parte de seu esquema de férias de primavera recém-iniciadas, não era bem isso.

Ela mentiu.

Ela enganou a família sem nenhum pouco de culpa.

Não obstante, o que ela disse não entrava em conflito com seu senso amplo de verdade, já que ela de fato pretendia ir para a casa de Sengoku, como ela informou. Ela visitou a casa de sua amiga do fundamental, Sengoku Nadeko.

Elas seguiram caminhos diferentes e perderam contato com o tempo, mas elas eram tão próximas que se chamavam por apelidos. Elas recentemente voltaram a entrar em contato através do irmão mais velho de Araragi Tsukihi, elas reataram sua amizade desde então.

Preocupada com sua amiga, que desde o fim do ano passado, foi abduzida por vários meses, ela a esteve checando regularmente desde sua alta do hospital - ou assim deveria ser (é claro, Araragi Tsukihi não sabe que sua amiga na verdade não foi abduzida, mas se tornou uma deusa), mas na verdade, Sengoku Nadeko se recuperou há muito tempo, pelo menos ao ponto que não precisaria mais vê-la três vezes por semana.

Embora seja verdade que ela estava indo encontrar Sengoku Nadeko, ela não fazia isso para cuidar de sua saúde. Araragi Tsukihi esteve visitando Sengoku Nadeko para ajudá-la com um projeto, e hoje no White Day não era diferente.

Que tipo de projeto, você pergunta?

"Obrigada, Tsukihi-chan. Eu devo alcançar o prazo, obrigada por sua ajuda."

Ao ouvir isso de Sengoku Nadeko no seu quarto no segundo andar, Araragi Tsukihi respondeu, "Aww, não foi nada."

Ela estava sentada numa escrivaninha, pintando um manuscrito de mangá. Dependendo do seu humor, a volátil Araragi Tsukihi pode se irritar se interrompida no meio de algo, mas nesse caso, ela manteve o bom comportamento.

Não tem nada a ver com as palavras de agradecimento a deixarem bem-humorada, mas sim com seu deleite em ver como sua amiga mudou. Há não muito tempo, Sengoku Nadeko teria dito algo como 'desculpa' ao invés 'obrigado' nesse caso.

Ela sempre achou essa atitude irritante.

Se não fossem amigas, ela provavelmente já a teria socado por isso, e ela se sentia ainda mais tentada a socá-la justamente porque eram amigas - mas sua amiga de infância parece ter mudado desde que voltou de seu desaparecimento misterioso.

O que poderia ter acontecido?

Taukihi Araragi não estava preocupada com isso.

Ela não se importava com tais coisas.

Ao invés disso, ela meramente focava no trabalho que ela tinha na frente dela - ajudando Sengoku Nadeko a terminar seu manuscrito a tempo para a competição de novatos, em outras palavras, agindo como sua assistente.

Durante uma de suas visitas depois da alta do hospital, Sengoku Nadeko confessou a Araragi Tsukihi que desenhar mangás era um hobby dela.

Tsukihi Araragi ficou com raiva por ela ter mantido isso em segredo por tanto tempo - furiosa, na verdade - mas quando Sengoku Nadeko pediu por sua ajuda para comprar materiais de desenho, e também para trabalhar com ela, Araragi Tsukihi não pôde continuar brava.

E então elas chegaram até o presente.

Sengoku Nadeko nunca havia imaginado que a renomada estrategista das irmãs de fogo - e assim, provavelmente ocupada Araragi Tsukihi - continuaria a ajudar em seu mangá por tanto tempo, e nesse caso, fez com que ela se sentisse meio mandona.

No entanto, se olharmos do ponto de vista de Araragi Tsukihi, era refrescante e intrigante ver Sengoku Nadeko, que costumava não formar mais do que relacionamentos impassíveis e superficiais com os outros, tomar a iniciativa de começar um esforço criativo.

Ela estava feliz em seu papel de assistente.

É claro, dado que Sengoku Nadeko ainda não havia se recuperado o bastante para voltar à escola. Araragi Tsukihi não estava completamente sem preocupação e desejo de visitá-la (e naturalmente, como a líder da facção de todas as colegiais calouras da área, ela estava completamente a par dos problemas que Sengoku Nadeko causou em sua escola); no entanto, olhando para o conteúdo do que ela estava desenhando, pareceu uma preocupação desnecessária.

Sem dúvida ela fez uma limpa de todas as coisas prejudicando ela.

Assim pareceu para Araragi Tsukihi.

Uma indicação era o corte de cabelo atual de Sengoku Nadeko. Anteriormente - ou melhor, desde que ela era uma estudante do fundamental - ela escondia o rosto atrás de uma longa franja, mas agora - ela que ficava tímida ou estranha ou até mesmo ansiosa perto de estranhos, e tinha bastante medo de meninos - deixou seu cabelo curto.

Ela foi ao cabeleireiro assim que recebeu alta do hospital. Se antigo eu não teria nem pisado em um salão. Então é claro, quando Sengoku Nadeko - que sempre, exceto um vez, cortou seus cabelo com os pais - subitamente pediu para ser apresentada a um bom estilista de cabelos, Araragi Tsukihi ficou confusa.

Vendo como ela havia ganho crédito para dar referências, ela não tinha como negar, mas quando ela ouviu (do assento ao lado dela) que ela queria cortar todo cabelo, ela teve que questionar a sanidade da amiga. Dito isso, graças a beleza natural de Sengoku Nadeko, embora fosse uma mudança total de imagem, não ficou estranho.

Pelo menos, parecia muito mais bonito que da vez em que Araragi Tsukihi cortou a força a franja dela (essa foi a exceção), mas evidentemente, mais do que um visual bonito, ela mudou seu estilo por uma razão extremamente pragmática já que cabelos longo ficariam no caminho enquanto ela desenhava.

O fato de que ela estava vestindo uma roupa que não importaria se ficasse suja de tinta, sua camisa escolar, deu credibilidade a isso, mas Araragi Tsukihi, que era muito particular sobre como deixava seu cabelo, assumiu que o corte foi pelo menos parcialmente motivado por uma decepção amorosa.

Ela assumiu isso, porém não disse nada a respeito.

Embora Araragi Tsukihi se submetesse a doutrina de falar tudo que vem a sua mente, ela não era inteiramente insensível.

"Sabe, eu realmente não entendo mangás ou seja ou que for."

Essa observação, no entanto, foi insensível.

"Mas Nadeko-chan, quanta confiança você tem nisso? Você não vai receber um prêmio em dinheiro e coisas se ganhar?"

"Hmm... Não tenho certeza." respondeu Sengoku Nadeko, olhando sobre o ombro com um sorriso problemático. Há não muito tempo aquela expressão estaria escondida por detrás da franja. "Eu decidi parar de me preocupar com coisas assim."

"Ah é?"

"Alguém me disse que eu posso ter talento - mas nem sempre é o bastante para funcionar, mesmo para as pessoas realmente talentosas."

"Se você não acredita na própria habilidade, você nunca vai ser realmente boa. Quando você não puder mais se esforçar, você não terá quem suporte você. Pessoas que se apegam puramente ao trabalho duro ficam desiludidas quando não podem mais trabalhar duro." Comentou Araragi Tsukihi, narrando seus pensamentos sem se segurar.

No passado, Senogku Nadeko provavelmente teria fugido da conversa bem aqui, mas ela respondeu, "É menos a respeito de acreditar, e mais a respeito de fazer dar certo." respondeu diligentemente. "É como você disse uma vez: tentar se tornar uma mangaka é como comprar um bilhete de loteria."

"O que, eu disse isso? ...Bem, sem problemas com isso, certo? Se ninguém comprar um bilhete de loteria, não vai haver nenhum prêmio para o vencedor."

Quem sabe se essa resposta deu qualquer segurança - parece mais que não - mas Sengoku Nadeko sorriu para Araragi Tsukihi mesmo assim.

"Eu só estou fazendo o que quero fazer. Eu não me importo com o quão idiota ou embaraçoso seja. Não é assim com você. Tsukihi-chan?"

Ao ouvir essa pergunta, foi a vez de Araragi Tsukihi perder as palavras. Talvez inesperadamente, ela não achasse que 'estava fazendo o que queria fazer' tanto quanto as pessoas ao seu redor pensassem.

E então, ela colocou esses sentimentos em palavras.

"Eu realmente não tenho grandes objetivos nem coisas que eu queira fazer. Então talvez seja por isso que eu amo dar suporte aos outros como eles quiserem, como estou fazendo agora? Mesmo as irmãs de fogo começaram mais como um grupo de ajuda do que de heróis.

"Sério..?

Sengoku Nadeko deu um olhar curioso. Descobrindo um lado de sua amiga que ela jamais tinha visto, ela parou de mover a caneta sem sua mão.

"Honestamente, eu não consigo pensar em ninguém com uma perspetiva de vida mais clara que a sua."

"Hahaha. Estou lisonjeada em ouvir isso. É uma honra muito grande para se dar à pequena Tsukihi! Você pode me chamar de Sukihi-chan - espere, não me diminua!"[1]

Apesar de ter respondido com humor, ela estava se lembrando se como a amiga costumava se referir a si mesma na terceira pessoa. E ela lembrava disso vagamente há um tempo atrás, quando ela trocou para 'watashi'?[2] "Ainda assim, eu tendo a ser uma pouco mais niilista, não sei, talvez destrutiva. Eu sempre sou arrastada pelas pessoas que realmente querem fazer algo. sabe?"

"Você está falando sobre Karen-san e... Koyomi-san?"

A pronúncia dela de 'Koyomi-san' pareceu estranha.

Estranha, e um pouco forçada.

No entanto, ela evitou dizer isso. Ela julgou que ainda era um tópico muito complicado para mexer no momento.

"Sim, basicamente. E mais, a razão para eu estar ajudando você com seu trabalho e porque eu fui arrastada pela sua determinação."

"Trabalho..."

Sengoku Nadeko corou.

É claro, não sendo ela uma máquina, apesar da mudança que teve, parece que ela ainda não tinha se livrado completamente da sua natureza tímida.

"Não é meu trabalho. Não mesmo. Ainda não."

"Cara, o que alguém como eu vai fazer no futuro?"

Dependendo da entonação, poderia ter sido uma pergunta bem triste, mas com a personalidade dela, Araragi Tsukihi disse bem francamente.

"Eu poderia fazer quase qualquer coisa, mas na verdade eu estou menos motivada a fazer coisas em que eu sei que seria boa. São apenas coisas chatas que vem naturalmente. Isso não é bom, obviamente, é por isso que eu sempre deixo as outras pessoas decidirem o que eu vou fazer..."

"Não é como se você não quisesse fazer nada, não é?" perguntou Sengoku Nadeko, como se estivesse fazendo um paralelo com seu antigo eu - e novamente, no passado, ela nunca se importaria de fazer uma pergunta tão pessoal.

"Certo. Eu quero fazer algo. Eu quero ser ativa. Eu quero me jogar nas coisas. Então se eu vir qualquer coisa que me interesse um pouco, eu vou dar uma chance. Mas não importa o que eu faça, eu logo perco o interesse - eu fico entediada. Eu não tenho ideia de que tipo de pessoa eu sou. Eu não sei... As coisas estão bem agora que eu estou explodindo com juventude e energia, mas quando eu me tornar adulta, há uma boa chance que eu termine com algum perdedor que sempre balbucia sobre algum sonho estúpido."

"Esse é um pensamento assustadoramente realista..."

"Eu preciso começar a pensar sobre meus planos para o futuro agora para me certificar que isso não aconteça... Além disso, Karen-chan está prestes a se tornar uma colegial, e Onii-chan está prestes a se tornar um universitário. Essa vai ser a primeira vez desde a sexta série que eu vou ter que lidar em ser deixada para trás, então é a hora perfeita para decidir o que eu quero fazer e o que eu quero me tornar. Assim como você, Nadeko-chan." ela disse.

Apenas ouvir aquilo de Tsukihi-chan faz todo o meu trabalho valer a pena, pensou Sengoku Nadeko, e com um largo sorriso em seu rosto, ela voltou para seus rascunhos.

"Sabe, mesmo se as pessoas não puderem se tornar felizes, coisas boas ainda vão acontecer - desde que elas continuem vivendo."

"Huh. É, eu acho."

Ela estava tentando me consolar? Ela se perguntou.

As duas continuaram conversando enquanto trabalhavam nas páginas, eventualmente partilharam o jantar, e assim que escureceu completamente, decidiram uma data para a próxima sessão (ela prometeu continuar ajudando até que o manuscrito estivesse terminado), e então, finalmente, Araragi Tsukihi deixou a casa de Sengoku.

"Nossa, não é a irmãzinha do Araragi-senpai?"

Assim que ela deixou a a casa de Sengoku - como se estivesse tomando vantagem do momento de indecisão, quando ela estava decidindo ir direto para casa ou fazer uma parada no caminho - ela ouviu uma voz. Uma voz que parecia misturada à escuridão,uma voz que parecia assombrar as profundezas do seu coração.

A voz de alguém.

Quando ela olhou, ela viu uma colegial que vestia o uniforme da escola de seu irmão e levava uma bicicleta. Seus olhos negros apareceram com um brilho distante, o bastante para dar a ilusão momentânea de que todos os postes da rua haviam apagado de uma vez.

Ela tinha o mais questionável dos sorrisos.

Embora muito jovem para ser chamada de encantadora, sua aparência poderia dificilmente ser considerada inocente; ela era uma colegial com uma aura desconcertante sobre ela.

Apesar do fato de que ela estava numa bicicleta bem estilosa, ela não dava a impressão de ser especificamente atlética.

"Nós nos encontramos ontem também. Olá."

"...Olá."

Elas se viram mesmo ontem?

Ela se perguntou, mas abaixou a cabeça mesmo assim. Era o produto de uma decisão instantânea, deduzindo que era uma das amigas de seu irmão, ela não poderia ser rude.

"Meu nome é Oshino Ougi." a outra garota ofereceu em resposta a isso, "Eu ouvi muito a seu respeito do seu irmão - ele disse que está muito orgulhoso de você. Nossa. Estou com tanta inveja de você, ter o Araragi-senpai como irmão."

"Uh huh..."

Ela não sabia bem como responder a isso.

E mais, ela duvidava que seu irmão tivesse dito que tinha orgulho dela - Araragi Tsukihi estava absolutamente certa de que seu irmão nunca diria isso, nem com uma arma na cabeça.

"É bem tarde, então vou te dar uma carona. Suba aqui em cima." disse Oshino Ougi, indicando a traseira da bicicleta. E havia sido uma pessoa bem amigável oferecendo carona a alguém que estava conhecendo pela primeira vez (ou elas se encontraram ontem), e Araragi Tsukihi estava um pouco surpresa que seu irmão tivesse uma amiga tão sociável.

A casa de Sengoku e a dela não eram tão longe uma da outra para precisar de uma carona, mas não havia motivo para recusar o convite dela - pensando nisso, Araragi Tsukihi ficou feliz em aceitar, mas quando olhou de perto, ela notou que não havia assento traseiro na bicicleta de Oshino Ougi.

Era uma BMX de acento único.

"Oh, não se preocupe, eu tenho uma haste - uma haste que serve de apoio."

Depois de dizer isso, Oshino Ougi temporariamente desmontou de sua bicicleta e rapidamente começou a prepará-la para uma segunda pessoa - não apenas rapidamente, mas habilidosamente.

"Okay, tudo pronto. Suba, suba! Você pode colocar suas mãos no meu ombro para manter o equilíbrio."

"Eu posso manter meu equilíbrio sem fazer isso, sabe."

"Haha, certamente você gosta de brincar."

Ela podia.

Ela fez exatamente isso.

Vivendo na sombra de Araragi Karen, a irmã mais velha uma ano que tinha os melhores músculos do mundo, não era sempre aparente, mas ela não perdia para ninguém em termos de força física. Ficando na barra equipada na roda com seus braços estendidos para ambos os lados (ela havia prendido o longos cabelos nos braços para que não ficassem presos nas rodas), Araragi Tsukihi serviu como antena de segurança de Oshino Ougi.

Embora é claro, tudo que ela estivesse fazendo era ficar atrás dela.

Era bem do feitio dela aumentar os riscos de andar em dupla, o que já é perigoso por conta própria, sem nenhum motivo em particular. Dirigir um veículo com alguém praticamente fazendo manobras logo atrás de você deve ter sido bem enervante, mas Oshino Ougi não pareceu se importar.

É claro, Araragi Tsukihi estava aproveitando completamente a experiência - era a filosofia dela aproveitar as coisas ao máximo.

"Eu aposto que o Onii-chan adoraria esse tipo de bicicleta."

"Agora que você mencionou, Araragi-senpai gosta bastante de bicicletas - embora ele tenha perdido as duas que ele tinha em acidentes infelizes. Mm. sim, esse é parte do motivo pelo qual estou usando uma agora."

"Hm? O que quer dizer?"

"Eu não quis dizer nada - foi algum tipo de metáfora. Se você fizer uma nota mental, pode vir a calhar mais tarde."

"É...?"

"Como está Sengoku-chan?"

A julgar por essa pergunta, parece que Ougi-chan não conhecia apenas seu irmão, mas Sengoku Nadeko também. Talvez ela estivesse passando com esperanças de ver Nadeko-chan, e então eu apareci no caminho, pensou Araragi Tsukihi consigo mesma.

O pensamento não a preocupou particularmente, o que também faz parte do feitio dela.

Embora fosse parte do código moral dela não interromper alguém deliberadamente ou roubar seu lugar, ela não parecia ser tão auto-crítica em se sentir culpada se inadvertidamente isso acontecesse como resultado de suas ações.

"Talvez seja aonde você difere de seu irmão mais velho."

"Huh? O que foi?"

"Oh, nada. Nada mesmo. Mais importante, me conte sobre a condição de Sengoku-chan. Como foram os resultados do eletrocardiograma dela? Eles foram eletrizantes? Ou ela está eletrocutada?"

"... Ela está bem."

Ela está indo super bem!

Isso era o que ela estava prestes a dizer, mas dado que sua amiga ainda não ia à escola, ela pensou que seria uma ideia ruim e ao invés disso a ajudou a montar um álibi - ela sempre foi bem atenciosa no que diz respeito a isso.

Ela não era apenas esperta, mas engenhosa.

"Ela não está morrendo. Eu acho que você poderia dizer que quem morreu foi a pessoa que ela costumava ser."

"Talvez. Mm, bem, isso é para mostrar que não há ninguém que seja apenas fofinha - do jeito como eu vejo, garotas assim são mais fofas quando não agem muito fofas."

O que ela disse foi um pouco confuso.

No entanto, Oshino Ougi achava perfeitamente lógico, já que ela se recusou a dizer mais a respeito e ao invés disso falou, "Que bom ouvir isso." parecendo satisfeita com a informação. "A fofura de Sengoku-chan acabou sendo um pouco mais que uma lâmina para ela se machucar - eu acho esse tipo de coisa realmente triste."

"Triste? Ela não tem sorte de ser fofa?"

Em resposta a inocente Araragi Tsukihi - ou talvez insensível - pergunta, Oshino Ougi explicou, "Pegue, por exemplo, como as pessoas não conseguem escolher as famílias na qual nascem. É fácil sentir ciúmes daqueles que nascem na nobreza, ou daqueles que nascem em famílias afortunadas, mas da perspectiva de quem nasceu naquela casa, eles foram forçados a carregar um pesado fardo do momento em que nasceram nesse mundo - mesmo que eles quisessem se tornar, digamos, um mangaka, eles poderiam não ser permitidos. Isso poderia ser considerado algo infeliz."

Infelizmente, essa explicação foi um pouco difícil para Araragi Tsukihi entender - embora esse seria provavelmente o caso de qualquer garota de 14 anos.

Sentindo isso, ela mudou o tópico, continuando com, "É a mesma lógica que diz que o futuro das pessoas é decidido baseado não no que eles podem fazer, mas no que eles não podem. Se há muitas coisas que uma pessoa pode fazer, elas vão acabar perdendo o foco. Agora que ela foi confrontada com uma quantidade de vergonha para uma vida e perdeu todas as outras alternativas, Sengoku-chan finalmente foi capaz de se devotar a seguir seu sonho - é disso que se trata."

"...?"

"A fofura de Sengoku-chan era basicamente o que a prendia, mas era muito valiosa para que ela se livrasse dela por vontade própria - a situação exigia medidas drásticas."

"Medidas drásticas? Uh, do que está falando?"

"Quem sabe?"

Oshino Ougi deus as mãos.

Em outras palavras, ela largou os guidões.

Um par de garotas dirigindo sem as mãos na bicicleta - pode-se dizer que elas se deram a liberdade de causar uma tragédia.

"Eu não sei de nada - Araragi-senpai é que sabe de tudo."

"...?"

"Mais do que medidas drásticas, talvez fosse mais uma lição do que não fazer. Tudo a mesma coisa, eu fiz uma coisa terrível com aquele trapaceiro... eu não queria ir tão longe. Mas não importa o quanto eu me arrependa, eu duvido que Araragi-senpai irá me perdoar..."

Enquanto dizia isso, ela segurou os guidões novamente, e então continuou, "Então, parece que Sengoku-chan quer se tornar uma mangaka no futuro."

Oshino Ougi então aumentou a velocidade.

Araragi Tsukihi-chan. O que você quer se tornar?"

"Eu..?" Enquanto pensava na conversa que acabara de ter com a amiga, ela respondeu, "Nada em particular."

De repente ocorreu a ela que sua amiga deveria estar guardando segredo a respeito de estar desenhando mangá. Ela conversou com essa garota sobre isso?

"Eu só me importo em me divertir no momento. E eu pensei que juntar essas emoções poderia me levar a um futuro algum dia."

"Você não é do tipo que sabe tudo, mas você é do tipo que pode fazer qualquer coisa. Você não é onisciente, mas você você é onipotente. Graças a isso, você tem opções demais, então seus objetivos perdem muito o foco. É por isso que você sempre está feliz em apenas ajudar. É mais fácil para você viver uma vida arrastada por mais alguém. Você falou do seu futuro," reclamou Oshino Ougi, demasiadamente bem informada - quanto seu irmão falou dela para essa garota? - concluindo com, "mas seu futuro é muito grandioso em escala." deixando essas últimas palavras com um sorriso torto.

"...? Você quer dizer que eu sou muito dependente das outras pessoas?"

Ela não fazia ideia do que a garota queria dizer por 'seu futuro é muito grande em escala', então ela ignorou essa parte completamente - no entanto, a parte sobre apenas ajudar a incomodou, e então ela se sentiu compelida a se aprofundar nesse tópico.

Mas talvez essa fosse simplesmente uma extensão da conversa que ela teve no quarto de Sengoku Nadeko.

"Bem agora, eu imagino. Se você considerar que o cuco seja um parasita de ninhadas, talvez fosse mais apropriado chamar de 'parasitismo', do que 'dependência'... Mas você desenvolveu uma personalidade bem única apesar da sua natureza. Talvez devido a influência de seu irmão?"

"O cuco?"

"Tsukihi-chan. Não há dúvidas de que você esteja vivendo através do suporte daqueles ao seu redor - que você está sendo mantida viva. Se não fosse pela consideração de pessoas como seu irmão e irmã, você poderia muito bem ter morrido durante as férias de verão."

"...? Durante as férias de verão?"

O que isso quer dizer?

Era outra metáfora?

Interpretando da sua própria maneira, ela tentou uma frase banal, "É como dizem 'ninguém pode viver sozinho', certo?"

"Pessoas podem viver sozinhas."

Mas Oshino Ougi a contradisse sem hesitar.

"Aqueles que não podem viver por conta própria.. são monstros. Assim como eu e você." constatou Oshino Ougi - o significado das palavras dela era incerto.

No começo, Araragi Tsukihi pensou nela como o tipo de pessoa incomum para fazer amizade com seu irmão, mas depois de ouvir ela por um tempo, ela parecia exatamente o tipo de pessoa que era de se esperar, ou melhor, ela era do tipo misteriosa que se misturava bem com seu irmão.

"... Espere, huh? Hey, Oshino-san -"

"Você pode me chamar de Ougi-san."

"Ougi-san, você está indo na direção errada!"

Graças ao seu posicionamento estranho como carona, os arredores pareciam completamente diferentes - ou na verdade, ela apenas não estava prestando atenção. Mas apesar disso, elas tinham, em algum ponto, saído do caminho para sua casa.

Para começar, as duas casas não eram longe uma da outra o bastante para uma conversa tão longa. Onde elas estavam?

"Uh-oh. Desculpa, parece que eu me perdi um pouco. Vamos parar por um momento, e eu vou checar o mapa no meu smartphone."

Descaradamente, Oshino Ougi procurou por um bom lugar para estacionar sua bicicleta. Ela decidiu parar na frente de um certo prédio e usou os pés como freio.

No entanto, Araragi Tsukihi não pensava que esse fosse o lugar ideal para estacionar. Era uma área acabada e desolada - ou talvez apenas em ruínas - e o prédio em si estava abandonado e parecia estar em uso.

Se Oshino Ougi não fosse uma garota, ela teria suspeitado que havia sido sequestrada por um canalha dizendo ser amigo de seu irmão (e nesse caso, o canalha é que estaria com problemas), mas ela não sentia esse tipo de perigo da forma como a garota estava mexendo em seu smartphone, então, com um senso de curiosidade, Araragi Tsukihi olhou para o prédio abandonado.

Não era algo que se via todo dia, afinal.

Era um lugar em que ela nunca viria se não tivesse se perdido - o pensamento imediatamente despertou seu interesse, como sempre ela vivia no momento.

"... Mm? Huh?"

No entanto ocorreu a ela.

Estranhamente, ela reconheceu o prédio - apesar do fato de ser a primeira vez que veio aqui, e deveria ser a primeira vez que estava vendo.

"Oh... É isso. Não é o prédio que queimou em agosto...?"

Ela viu nos noticiários.

Sendo uma das irmãs de fogo que mantinha a paz na cidade, tal informação naturalmente chegaria até ela. Alguns incêndios aconteceram naquela época, mas o que queimou esse prédio havia sido grande o bastante para deixar uma impressão.

Antes e depois do fogo.

Ela tinha visto fotos do prédio.

Agora que o truque havia sido revelado, não parecia ser resultado de um crime nem nada tão perigoso, mas um simples caso de combustão espontânea - mas mesmo assim, havia causado uma grave dano à propriedade, não deixando nem sequer uma coluna de pé.

Mas nesse caso, como poderia o prédio que supostamente havia sido queimado estar aqui agora, claro como o dia? Foi reconstruído? Não, é claro que não. Por que iriam reconstruí-lo de volta a seu estado abandonado?

"Tsukihi-chan, eu descobri onde precisamos ir. Eu não vou errar dessa vez, não se preocupe. Enquanto estamos aqui, você quer pilotar? Você pode até mesmo andar para trás nessa BMX, é realmente bem excitante e - oh nossa. Minha nossa. O que há de errado? Por que você está encarando esse prédio em ruínas com tanta curiosidade?"

"Não, hum... veja..."

Araragi Tsukihi explicou a situação. É claro, mesmo se ela perguntasse Oshino Ougi, que meramente parou aqui por acidente, não havia como a garota saber por que uma prédio que supostamente deveria ter queimado estava agora aqui de pé, mas ela queria que ambas compartilhassem a confusão.

"Hmm... que estranho. Eu imagino se isso faz disso um prédio fantasma. Quer checar?"

Assim que ela disse isso, Oshino Ougi prendeu sua bicicleta a uma árvore usando uma corrente (não havia um estacionamento para bicicletas, então ela não teve escolha se não usar uma árvore) e foi em direção ao terreno do prédio - ela foi bem rápida.

Diferente do irmão de Araragi Tsukihi, que tinha a tendência de pensar demais, essa garota parecia ser do tipo ousada. Araragi Tsukihi também não era de hesitar nessas situações, e então, sem nem parar para olhar, ela imediatamente a seguiu.

"Ougi-san, você é uma entusiasta de ruínas? perguntou Araragi Tsukihi, inferindo isso pelos passos leves da garota.

"Oh, não, eu não sou particularmente atraída por ruínas. Elas me dão arrepios, como a qualquer outra garota. No entanto, analisar tais mistérios é, bem, o que você consideraria meu trabalho."

"Seu trabalho... é?"

Lembrando de como isso fez Sengoku Nadeko corar, Araragi Tsukihi tomou cuidado com a palavra. Dito isso, não parece que a garota quis dizer que era um trabalho temporário dela.

"Sim."

E então elas entraram no prédio.

Elas tecnicamente estavam invadindo, mas o interior do prédio estava tão dilapidado que era difícil de imaginar que tivesse um dono ou um senhorio.

Apesar do chão não estar estável, elas não poderiam esperar por nenhuma luz para iluminar o seu caminho àquela hora do dia, então elas tiveram que tomar um cuidado extra para não tropeçar e se machucarem.

"Parece que costumava ser uma escola... ou espere, talvez um cursinho."

Apertando os olhos na escuridão e observando seus arredores, Araragi Tsukihi chegou a essa conclusão - enquanto elas subiam as escadas, já que, naturalmente, o elevador estava quebrado.

"Hmm, parece que sim. Nossa, eu fiquei ansiosa, mas a verdade por trás disso foi revelada assim. Agora que nós sabemos o que realmente é, não é nenhum pouco assustador."

Ela não parecia particularmente assustada para início de conversa, mas Oshino Ougi que enquanto rondava a área - evidentemente, ela pretendia conduzir sua investigação começando pelo andar de cima. Algumas pessoas dizem que é mais eficiente procurar nas gavetas do fundo, mas ela parecia estar usando a lógica reversa.

"É assim que as coisas são, afinal - não importa o que seja, algo é assustador quando é desconhecido, quando você não sabe sua verdadeira natureza. Se alguém se sente inseguro sobre o futuro, é porque elas não podem ver o próprio futuro. Pessoas com uma visão clara não temem crescer."

"..."

"Uma vez que você abre, o caixa do gato de Schrodinger é só uma caixa - você vai achar que era apenas natural que você não soubesse se o gato estava vivo ou morto quando a caixa foi fechada. Histórias de mistério são da mesma forma - o motivo de você lê-las com emoção é porque você não sabe quem é o culpado. Uma vez que o mistério é revelado, uma vez que as suspeitas se voltam para uma pessoa... francamente, tudo depois disso não tem graça. A cena onde a solução é revelada pode muito bem acabar em uma linha."

"Assim que você descobre a forma verdadeira de algo, seu terror e interesse desaparecem em um instante."

Enquanto falava, Oshino Ougi continuava subindo as escadas. Subindo e subindo.

As palavras dela estavam cheias de significado - o que era uma rara ocasião, Araragi Tsukihi se encontrou impressionada, pensando que seu irmão tinha amigos bem inteligentes, mas era seu objetivo de vida achar uma falha em tudo que a impressionasse.

"Você acha?"

"Mm... O que é isso, uma réplica? Se você tiver uma, eu gostaria de ouvir. Por mim, e por você também."

"Bem, não exatamente uma réplica... digo, o que você disse pode ser verdade em histórias de mistério, mas na vida real, não é ainda mais assustador depois que o suspeito é pego? Significa que a coisa que você temia todo esse tempo realmente existia."

"... Oho."

"É como, se as coisas começassem quando você descobre a verdadeira identidade do culpado, eu acho... Todos os procedimentos que vem depois de você prender um criminoso na verdade não duram muito mais tempo? Como o julgamento, e a prisão."

O argumento se estendeu do ponto original, mas com certeza era um novo ponto para Oshino Ougi, e a garota eloquente ficou quieta por um momento.

E então, Araragi Tsukihi continuou, "Além disso, mesmo se você aprender a verdadeira forma de algo, não há saber se é mesmo verdade. Poderia haver sempre uma reviravolta maior guardada. Como em uma história de mistério."

"Talvez. Sim, entendo - no fim, uma forma é só uma forma. Você realmente me pegou aí, eu não esperaria menos da irmãzinha do Araragi-senpai."

"Mesmo assim, eu duvido que essa sua visão fará qualquer bem você, ou a mim." disse Oshino Ougi, e ao mesmo tempo, ela alcançou o último andar.

Sendo que ela nem sequer estava sem fôlego depois de subir quatro lances de escada, ela devia caminhar bastante - mas é claro, o mesmo vale para Araragi Tsukihi, que a seguiu.

Ela tinha vigor mais que o bastante.

Bastante vitalidade também.

Essa era Araragi Tsukihi.

"Tsukihi-chan, você pode ser capaz de aceitar sua forma verdadeira - ou pode até mesmo gostar dela, mas temo que eu não serei capaz de fazer o mesmo. Minha forma verdadeira... é feia."

"...?"

"Como um demônio afogado no sakê. Embora, demônios amem sakê, assim como qualquer deus."

"Por que a palavra 'feio' é escrita com o símbolo de 'demônio' próximo ao símbolo de "sakê', você quis dizer? Mas isso deixa o radical 'água' de fora."[3]

"Tudo bem. Radical indica água - um lago. Ou talvez serpente marinha."

Depois dessa explicação, Araragi Tsukihi entendeu ainda menos - ela poderia apenas assumir que a garota não tinha intenção de explicar as coisas.

"Tsukihi-chan."

Ela começou a andar em direção a porta mais distante das três salas do andar.

"Sinto muito em dizer que você não tem nada que possa ser chamado de futuro - não é que seu futuro seja incerto, você apenas não tem um. Não importa quantas coisas você junte, não vai dar em nada no final. Tudo que você tem é um eterno agora. Sabendo desse... futuro desconsiderado, esqueça dos tempos que estão por vir, você será capaz de simplesmente viver no momento?"

"Provavelmente, sim."

Falhando em entender o significado da pergunta, Araragi Tshukihi respondeu com um ar descuidado.

"Eu sou muito boa em viver."

"... É incrível que possa dizer isso. Estou com inveja."

Estou com inveja.

Novamente, Araragi Tsukihi não sabia como responder - mas depois de dizer isso, Oshino Ougi colocou sua mão na porta.

Ela delicadamente girou a maçaneta.

E a abriu com um sorriso.

"Você está atrasada, Ougi-chan."

E então... eu chamei por ela.

No meio da sala a qual ela abriu a porta, eu me levantei da cadeira em que estive sentado todo esse tempo, e numa imitação do homem que uma vez ela chamou de tio, eu digo essa frase.

"Você me deixou esperando."

Notas do tradutor[edit]

  1. Originalmente em japonês, ela diz "myouri ni tsukiru yo" (é mais do eu mereço), então pegou o kanji "tsukiru" (usar) para formar essa frase e fazer uma piada com o nome dela: Tsukihi é escrito com os caracteres para 'usar' e 'fogo'. Depois disso, ela brinca com o próprio comentário dizendo "espera, por que estou me queimando?!"
  2. Há muitos pronomes de primeira pessoa em Japonês. Nadeko usava a terceira pessoa (se chamando Nadeko), um jeito bem infantil de se referir a si mesma, mas agora ela usa 'watashi', o pronome convencional para garotas. Como nota, já que isso foi cortado do anime, Tsukihi já havia falado do uso da terceira pessoa por Nadeko na novel Otorimonogatari, e depois de pensar bem, Nadeko percebeu que se referia a si mesma assim porque ela vivia como espectadora da própria vida.
  3. Para explicar melhor: o kanji de 'feio' é 醜. O símbolo da direita é 鬼, ou 'demônio'. O da esquerda parece 酒, o simbolo para 'sakê'. No Entanto, 'sakê' tem um radical extra de água (氵) que 'feio' não tem.


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