Mushoku Tensei:Web Chapter 47 (Brazilian Portuguese)

Capitulo 4 – Reunião com Paul

Parte 1

--- Ponto de vista de Paul ---

Eu estava bebendo num bar. Uma vez que era já quase noite, o número de clientes começou a aumentar. E num sentido contrario o número de membros do meu grupo diminuíu.

No meio do bar, eu me encontrava numa mesa, com a intenção de continuar a beber sem parar. Eu tenho certeza que o meu mal humor impregnou a atmosfera do lugar. Ninguém está se aproximando de mim.

"Yo, eu estava procurando por você?"

E quando eu estava só com meus pensamentos, uma voz me chamou. Eu levantei meu rosto e vi um homem com cara de macaco me encarando com um sorriso numa boca arreganhada. Esta é a primeira vez em um ano que eu via esta face.

"Gisu? Seu bastardo... Onde você estava andando."

"Ohhh, o que é isso o que é isso. você está tão irritadiço, como sempre."

"Obviamente."

Eu tentei fazer um resmungo, do tipo “Tcht”, mas tive que levar a mão ao rosto. A dor ainda permanecia. No lugar onde eu fui atingido por Rudeus. Fiquei dando uma de forte na frente dos outros, mas provavelmente teria sido bom ter usado cura mágica para sarar de todo.

Merda. Rudeus seu bastardo. O que queria insinuar com [se você tem a minha magia, então o Continente Magico é barbada.] Se você estava tão bem assim, então teve tempo o suficiente para procurar pessoas. Mais não, você estava muito ocupado em descrever como comer a carne da Grande Tartaruga era ruim. E que gabação era aquela de [se eu não tivesse pensado na ideia de criar um pote com magia da terra, então de jeito nenhum que eu poderia ter continuado a comer essa carne de tão péssima qualidade por mais de um ano.] Se você tem tempo para ficar procurando ingredientes, em seguida, deveria ter feito coisas mais produtivas, certo. Merda. No final, você ainda me acusa de adultério e infidelidade? Pare de me ferrar moleque. Desde que o incidente de teletransporte aconteceu eu nem sequer pensei sobre mulher. Eu não fiz nada para me aliviar, me controlando, e vem então você está a me acusar disso? Não vem ferrar comigo. O que quer dizer que não sabia. Se você tivesse devidamente investigado, enquanto estava no continente mágico, este tempo que você passeou poderia ter encontrado tanto Zenith ou Lilia. Vai se ferrar moleque ridículo...

"Hehe .. desde que você está assim tão mal parece que você ainda não o viu ainda."

O que é tão engraçado assim Gisu. Enquanto ria tão levianamente parece que ele pediu algo. É provavelmente apenas álcool. Este homem é um bebedor maior do que o anão Talhand.

"Paul. Mostre o seu rosto na Guilda dos Aventureiros amanhã."

"Paul. Mostre o seu rosto na Guilda dos Aventureiros amanhã."

"Por que eu deveria?"

"Você vai ser capaz de encontrar-se com uma pessoa interessante."

Uma pessoa interessante. Alguém que iria curar o meu humor ruim. A razão pela qual Gisu mostrou sua cara hoje. E, em seguida, a pessoa que eu também vi hoje. Se juntar esses três pontos, a resposta já vem a minha mente.

"Rudi, hein?"

Depois de ouvir isso o cara de macaco ficou sério, e começou a coçar a lateral de sua cabeça.

"O que é isso? Você já sabia?"

"Eu o vi."

"Se for esse o caso, não parece que esteja muito feliz. Será que vocês entraram em uma briga?"

Uma luta... Bem, foi uma luta, sim. Ele até mesmo não a conseguiu transformar numa luta dura? Merda, depois de lembrar isso, meu rosto começou a doer novamente.

"O que aconteceu Paul, diga-me o que aconteceu."

Com um rosto amigável, Gisu mudou para a cadeira ao meu lado. Desde os tempos antigos esse cara sempre foi bom em ouvir as preocupações de outras pessoas. Mesmo que pareça um intrometido às vezes, como agora, ele sempre estará ao seu lado para lhe estender uma mão e ouvir seus problemas.

"Ah, ouça isso então..."

Então eu comecei a contar a Gisu sobre o que aconteceu há pouco.

O fato de que eu fiquei feliz com nosso reencontro. Embora tendo escutado uma história estranha, acabei mandando o Rudeus me dizer sobre o que ele vinha fazendo até então. E com isso começou a me contar sobre sua viagem em num tom excessivamente alegre. Começou a se gabar com histórias inúteis sem importância. E quando o retruquei falando que deveria ter se preocupado com coisas mais importantes do que ficar se pavoneando por ai. Contei-lhe como ele ficou injuriado e começou a me repreender. E começou a insinuar que estava me esfregando nas mulheres do Grupo de Busca. A partir dai eu bati nele e nós lutamos e conseguiu quase me dar uma surra.

Gisu só ficava ouvindo assentindo consigo mesmo em alguns pontos específicos como “Sim” ou “Estou entendendo”. Parece que ele estava me dando a razão ao compreender toda a situação. Era isso que eu imaginava que estava ocorrendo, mas no final ele falou assim.

"Você sabe, parece que você está colocando expectativas demais para cima de seu filho?"

"Hã?"

Percebi que tinha levantado à voz de forma meio abobalhada. Expectativas demais? Do que é que tu esta falando? A quem eu espero demais?

"Eu tenho expectativas demais? Para com o Rudi?"

“É isso ai, pense um pouco e reflita."

Enquanto eu estava perplexo Gisu me pressionou por uma resposta enquanto falava.

"Esse garoto é certamente incrível. Eu nunca vi um cara que poderia usar conjuração sem voz antes. Quando soube que ele tinha exterminado dezenas de monstros durante o ano passado, tive arrepios percorreu pela espinha. Tenho certeza de que o Rudeus é na verdade, um gênio que só nasce uma vez a cada cem anos".

Ele está certo. Rudi é um gênio. Ele é um gênio. Um verdadeiro gênio. Ele é um cara que poderia fazer qualquer coisa desde quando era pequeno. Houve uma época onde eu pensei que ele poderia ser ruim em alguns pontos. Mas ele até conseguiu obter de Philip a promessa de dar a mão de sua filha. O mesmo Philip que nem queria me ver pintado de ouro.

"Sim, isso é verdade. Ele é incrível. Desde que ele tinha cinco anos...."

"No entanto, ele ainda é um moleque."

Depois de cortar-me, Gisu joga em nossa conversa essa sentença me emudecendo.

"Rudeus ainda é um pirralho de 11 anos."

Gisu repeti isso mais uma vez a mim, para que eu refletisse sobre isso.

"Mesmo você, na época em que deixou sua casa, possuía quantos anos mesmo? Era 12, certo?"

"Sim"

"Você não costuma dizer que alguém com menos de 12 anos ainda é um pirralho?"

"E o que tem isso agora? O que você está tentando me falar com tudo isso."

Rudi está mais forte do que eu. Certamente eu estava trocando as pernas hoje, mas tirando esse fato ele havia se tornado forte. Mesmo que eu estando bêbado eu o enfrentei a sério. Eu usei a sério o estilo Deus do Norte [Forma de Quatro Patas] que eu não queria usar e ainda fui longe o suficiente para utilizar o estilo Deus da Espada [Espada Silenciosa]. Mesmo com isso, minha espada cortou a calcinha que usava na cabeça. Rudi não estava de todo sério. Como prova disso, todos os membros do grupo foram derrubados no chão só com lesões leves. Ele estava brincando com todos nós, e eu perdi para alguém que encarava toda a situação facilmente. Eu não sei o quanto mais forte ele ficou neste tempo que não nos vimos. Mesmo assim, Rudi já é muito mais inteligente do que eu quando tinha sete anos de idade. Sua força física deve ser mais forte do que a minha. E sua cabeça é bem mais lucida que a minha. Nesse caso, não é surpreendente que ele pode fazer tudo melhor do que eu. O que sua idade atual tem a ver com isso.

"Paul, o que você estava fazendo quando você tinha 11 anos de idade?"

"O que?"

Se bem me lembro, eu estava aprendendo esgrima na minha casa. Era uma vida cotidiana de ser repreendido pelo meu pai. Mesmo quando eu me esforçasse um pouco, ele iria reclamar de tudo que fazia e me bateria.

"Você acha que o seu eu você daquela época poderia ter sobrevivido no Continente Mágico?"

"Hah, Gisu, já está começando o argumento errado. Rudi contou que tinha alguém forte da Raça Magica como acompanhante dele. Ele conhece a linguagem humana, a linguagem do Deus Demônio e a linguagem do Deus Bestial. Ele estava junto com um cara monstro como escolta que conseguia até mesmo bater em um monstro rank A num único golpe! Qualquer um assim teria voado facilmente através do continente mágico."

"Não poderia seria assim fácil. Você não teria sido capaz de fazê-lo, de jeito nenhum. Mesmo se você fosse para o Continente Magico agora, você não seria capaz de voltar são e salvo."

Ele afirmou isso, enquanto tentava me assustar. Gisu está sendo o mesmo como de costume. Rindo e cheio de sorrisos. Esse cara é irritante como sempre.

"Ha!! Então não tenho mais razão ainda! Ele fez algo que não posso fazer. Ele é um gênio. Rudi é um gênio! Meu filho é um gênio. Ele já é um adulto. Não há nada para dizer. Aonde eu errei em colocar expectativas sobre uma pessoa com tanta capacidade de encontrá-los? Em Gisu, eu estou enganado? "

"Está enganado. Você sempre está enganado nessas coisas."

Embora continuasse a rir frivolamente, ele começou a beber a cerveja em uma golada só.

"Puha... Isso é bom. Afinal, não se pode beber algo assim na Grande Floresta."

"Gisu!"

"Eu entendi, não grite."

Gisu colocou o copo de madeira na mesa num grande bam. E então de repente ele começou a falar a sério.

"Paul. Você nunca foi para o Continente Mágico antes certo?"

"E quanto a isso?"

Eu nunca fui para o continente mágico. Embora, claro, eu ouvi muito sobre ele das outras pessoas. Os rumores são de que é uma terra perigosa. Se for a pé pela estrada principal os monstros já começam a aparecer, e se você não comer a sua carne você não conseguirá sobreviver. No entanto, o que vai acontecer apenas se tiver um monte de monstros por aí?

"Assim como você sabe, eu nasci no Continente Mágico. Em seguida, pergunte-me: Quão perigoso é o Continente Mágico."

"Agora pensando sobre isso, eu não se lembrava de você mencionar. Então, quão perigoso é?"

"Em primeiro lugar, não existem estradas. Há um caminho, mas não é nada como os do Continente Milis e do Continente Central. Não existem em nenhum lugar, caminhos sem monstros que são seguros. Não importa onde você andar, monstros do rank C ou acima acabarão por sair e atacá-lo. "

Certamente eu ouvi sobre monte de monstros, mas rank C para cima? Eles são adversários que só se encontram nas profundezas das florestas do continente Central. Ou eles vêm em enxames ou a maioria deles tem algum tipo de habilidade especial.

"Não é isso um pouco exagerando?"

"Não, é a verdade. Eu não estou dizendo uma única mentira agora. Continente Mágico é esse tipo de lugar. Em qualquer caso, há um monte de monstros."

Os olhos de Gisu eram duros. No entanto, mesmo se esse cara me mostrar olhos assim, de repente ele pode mentir convincentemente. Eu não serei enganado.

"Em tal lugar, mesmo que se chame de gênio, uma criança sem experiência de combate morrerá."

"Sim..."

Se ele se refere há alguém sem experiência de combate, com certeza é o Rudi. Agora que ele mencionou, eu nunca ouvi falar dele lutando contra alguém a sério. Há, mas teve aquela vez que ele habilmente repeliu alguns sequestradores, e até mesmo ele não poderia vencer Ghyslaine, se não pudesse abrir alguma distância ao menos. Eu nunca ouvir falar de um espadachim melhor do que Ghyslaine. Se não conseguirem se aproximar dele, então Rudi com uma distância adequada, pode encarar até 1000 caras medianos. É por isso que, tendo experiência de combate ou não é uma questão tão relevante assim. Até mesmo eu ouvi que o atual Deus do Norte, Alex R. Karlman, sem qualquer experiência de combate, venceu em seu primeiro combate real, um espadachim nível Imperador.

"Então, um adulto apareceu lá para salvá-los e ajudá-los. Certamente ele era um individuo forte da raça demoníaca. Alguém da Raça Supard. Você sabe muito bem sobre ela. Sobre a Raça Supard."

"Sim."

Raça Supard. No que diz respeito a esse ponto, honestamente estou meio em dúvida sobre isso. Ouvi dizer que quase não mais existem indivíduos da raça Supard, até mesmo no continente demoníaco.

"Em uma situação onde ele não poderia contar com nada e complicada, teve uma pessoa que parecia que poderia lhe ajudar. A pessoa que o salvou em um estado lastimável. No entanto ele era da aterrorizante raça Supard. Você não sabe o que ele poderia fazer com você se rechaçasse a ajuda dele nem se conseguiria sobreviver naquele lugar. Ele tinha que aceitar essa mão estendida para ele.”

"Bem, eu acho que sim."

"Então, depois de ter sido salvo, o inteligente Rudeus teve uma ideia em mente. [Qual é o objetivo desse cara?]."

Certamente. Se for o Rudeus ele pensaria isso. Eu não tinha percebido, mas ele é um cara astuto nesses assuntos. Mesmo naquela época, quando ele salvou a Lilia, ele mostrou uma perspicácia que você não pensaria que pertencesse a uma criança.

"No entanto, não havia maneira que ele poderia descobrir o objetivo da outra pessoa."

Isto é fato. Você não consegue saber o objetivo do outros de pronto, vede como pessoas como o Gisu é.

"Agora que ele me salvou ele pode, eventualmente, separar-nos. Logo o Rudeus deve ter pensado [A fim de não ser traido, eu vou lhe fazer um favor.]”.

"Do que está falando? Favor? Será que isso é suficiente?"

"Não zombe dele. Mesmo descrevendo como um favor, ele o faz de forma desinteressada, o fisga pelos sentimentos. E faz com que um sentimento de camaradagem brote entre eles, esse tipo de coisa legal."

Sentimento de camaradagem começa a brotar, hen. Eu compreendo agora. Se ele fez isso, então eu posso entender com as ações de Rudi. Ele fez um favor em troca da proteção do Supard, e em seguida melhorava suas habilidades no caso o tempo que ele estivesse que ficar por si chegasse. É racional. Pode-se dizer Rudeus pensou no caminho mais seguro. Hnnn, como esperado, ele pode conseguir o que quiser.

"Cheh... se ele pensou até este ponto por que não conseguiu conjecturar algo mais além."

Depois que eu retruquei, Gisu ergueu a mão. Então começou a demonstrar um a um os motivos.

"Era sua primeira vez lá; sua primeira aventura; por mais inteligente que fosse tinha muitas coisas que ele não poderia conhecer; para sobreviver, ele teve que aprender da maneira mais difícil; e ainda por cima, ele teve que contar com um estranho da raça demoníaca que não sabia se o trairia ou não; sem levar em conta que tinha alguém como um parente que deveria proteger de qualquer forma. "

Falando de forma indiferente, Gisu abaixava os dedos a cada motivo, usando até a outra mão e afinal com um punho cerrado ele respondeu.

"Se ele tivesse ainda conseguido procurar por outras pessoas que tinham sido teletransportadas como ele, seria um super-homem. Um prodígio. Não seria estranho se ele fosse incluído nos [Sete Poderes do Mundo] nesse caso."

Os [Sete Poderes do Mundo] huh. É um nome nostálgico de ouvir. Nos velhos tempos eu queria me tornar alguém tão famoso quanto eles também. Deixando de lado esse espirito de pai cheio de expectativas para com o rebento, acho que o Rudi tem potencial suficiente para tornar-se alguém desse nível...

"Teria sido uma carga esgotante depois de tudo. Mesmo Rudeus sendo um gênio, seres humanos, você sabe, tem seus limites."

"Por que então uma pessoa que está flertando direto com as fronteiras de seus limites, falaria sobre suas aventuras de uma forma tão afável? Não importa como você olhe para essa situação, ele parecia um nobrezinho que entrou na boca de um labirinto brincou por lá e retornou para se gabar com os outros?"

Se realmente foi tão difícil para o Rudi, então ele não teria dito as coisas daquela forma de falar. Os lugares onde a jornada teria sido extenuante dolorosa. Ele teria me contado sobre esses tipos de momento. No entanto, Rudeus nunca falou disso sequer uma vez.

"Isso é porque ele não queria preocupá-lo."

“... Hã?"

Eu deixei escapar outro som tolo.

"Por que esse cara se preocuparia comigo? Aparento ser um homem velho quebrado?"

"Isso é certeza. É porque você está com uma aparência de homem velho quebrado".

"Cheh... Compreendo. É isso mesmo, eu virei um homem fraco que foge para o álcool por qualquer coisa. Tenho certeza de que aos olhos do grande gênio eu pareço muito lamentável."

"Mesmo que ele não fosse um gênio, você realmente parece patético, Paul."

Gisu me respondeu com um suspiro.

"Eu vou te dizer isso porque você não pode ver seu próprio rosto, mas sua aparência agora é terrível, sabe?"

"Um rosto que é o suficiente para fazer o meu filho ter pena de mim?"

"Sim. Se é o seu eu atual, é o suficiente para eu entrar em uma briga contigo e nos separar de novo."

Está tão patético que você não conseguiria o apoio de ninguém, é o que Gisu adicionou a mais. Toquei o meu próprio rosto. Eu ouvi o som da barba por fazer que eu nem me lembro a quantos dias não se barbeia.

"Ei Paul, eu vou dizer isso mais uma vez."

Gisu tenta agora reforçar o seu pensamento desde o inicio de nossa conversa.

"Você está colocando muitas expectativas sobre o seu filho."

Pergunto-me o que há de errado em ter altas expectativas de seu filho? Rudi conseguia realizar tudo bem desde o momento em que nasceu. Até o ponto que me fazia arrancar os cabelos da cabeça para ser um bom pai. Nunca fui necessário para o Rudi.

"Ei Paul, tu sabe. Por que não ficou honestamente feliz por ter um reencontro? Não é legal isso. Não importa que tipo de jornada Rudeus tivesse tido. Mesmo que fosse uma viagem despreocupada e irrefletida. Mesmo que fosse uma viagem preenchida de jogatina e mulheres. Uma vez que vocês se encontraram novamente pra começo de assunto, você deveria estar mais satisfeito por ele estar são e salvo ".

"..."

Está certo. Mesmo que eu estivesse feliz no principio.

"Ou então, você não tinha medo de receber o seu filho sem alguma parte do corpo? A chance de se reunir com um cadáver era bastante elevada sabe? Não, no Continente Demoníaco não haveria nem mesmo um resto de cadáver para contar história. "

Rudi, morto? Depois de ve-lo tão enérgico, chega a ser uma conversa muito longe da realidade. No entanto, foram apenas alguns dias atrás. Que eu estava imerso na melancolia com essa imagem na cabeça?

"Ahh-ah, que lamentável. Após uma viagem incrivelmente difícil. Mesmo que finalmente conseguiu se reunir com seu pai. Este progenitor se tornou um vagabundo alcoólatra. Se fosse comigo, eu teria cortado as relações com ele ali mesmo. "

Cheh... Ele está realmente dizendo o que quiser ao mesmo tempo em que brinca comigo.

"Eu entendo Gisu. O que você diz é correto. No entanto, há uma coisa que eu não entendo."

"O que é então?"

"Por que Rudi não teve conhecimento dos fatos sobre a vila Buina? definitivamente eu deixei mensagens para ele em Porto Santo."

Gisu fez uma cara pensativa de [Isso seria...], uma cara que ele faz quando está tentando esconder algo.

"Tenho certeza de que isso significa que ele teve azar por onde passou."

"Gisu, onde você encontrou o Rudi? Você não o encontrou em Porto Santo?"

Eu não sei onde Gisu estava no ano passado. No entanto, Rudeus veio pelo norte. Se nós estamos falando sobre as maiores localidades ao norte, onde Gisu estaria ativo, Porto Santo seria uma delas. Em Porto Santo definitivamente uma mensagem sobre os desaparecidos tinha sido deixada. Além disso, deve haver membros do grupo que estão naquele lugar também. Eles ficam para olhar quem cruza do Continente Demoníaco, a fim de obter informações a partir dos passageiros. Se for um aventureiro, então não teria nenhuma razão de que eles não visitarem o guilda dos Aventureiros.

"O lugar que eu me encontrei com Rudeus foi em uma vila Dorudia. Fiquei surpreendido, afinal, ele estava detido sob suspeita de atacar a Besta Sagrada e jogado em uma prisão nu."

"Nu em uma prisão da raça besta... Sério?"

Eu ouvi sobre isso de Ghyslaine. Em relação à raça Dedorudia ser despido, jogado em uma gaiola, colocado em grilhões e tendo água fria jogada neles é considerada a maior das humilhações. É algo que quase nunca fazem com forasteiros, se eles fazem isso seria algo digno de nota, algo que você mereça morrer. Como uma brincadeira eu uma vez joguei um pouco de água na Ghyslaine, ela ficou me olhando com um olhar muito sério.

"Entendo, e depois o que aconteceu?"

"O que é. você não ouviu essa parte do Rudeus?"

"Eu só pude ouvir a parte que ele viajou pelo continente mágico."

É isso mesmo, é esse o motivo de ele não ter visto a mensagem deixada em Porto Santo. A parte mais importante ficou faltando. Por quê? Ah é, eu não estava escutando. Droga. Por que eu sou sempre assim, com um temperamento explosivo. Acalme-se. Rudi é atencioso com as coisas. Mesmo que ele sendo assim, ele não se deparou com a informação dos desaparecidos. Preciso pensar sobre isso com mais calma. Se ele tivesse ficado em Porto Santo, mesmo não querendo muito, ele teria ouvido os rumores sobre o fato. Em outras palavras, algum tipo de incidente aconteceu naquela cidade que ele acabou sendo arrastado. Um incidente que o levou capturado pela raça Dedorudia. Não seria uma espécie de grande incidente. Dos últimos dois ou três dias, deve ter sido algo que os membros do grupo trouxeram de rumor. Mas houve algum tipo de incidente desse tipo?

"Não, eu realmente não sei de todos os detalhes, mas quando eu por ai na Grande Floresta na aldeia Mirudett, ouvi rumores sobre um pirralho da raça humana que foi capturado na vila Dedorudia."

"Hn? Espere um segundo, agora, do que você está falando?"

Raça Mirudett? Se bem me lembro, é uma espécie de raça bestial. Uma raça que tem orelhas de coelhos.

"A vila dos Mirudett. é um lugar com um patriarca por isso ele é muito grande, sabe?"

A explicação de Gisu foi longa e um pouco chata. Honestamente a meio Eu quase disse [tá que seja] pelo tempo dela. No entanto, estamos falando do Rudi então eu vou ouvir até o fim, eu não quero chegar à parte final sem ouvir as partes importantes. Mesmo que eu tenha cometido um erro, como esperado, eu não quero repetir o mesmo erro duas vezes num dia.

A conversa terminou. Para resumir tudo...

"Gisu, em outras palavras, você estava buscando em todas as raças da Grande Floresta por informações de seres humanos perdidos ou encontrados que foram enviados para Milishion?"

"Sim. Hehe você já pode me dar-me suas congratulações."

"Vai sonhando?"

Ocasionalmente, não havia vindo refugiados da direção da Grande Floresta? Eu pensava que tinha sido graças ao meu trabalho, mas foi através do trabalho de busca deste cara?

"Bem, essa conversa é muito boa mais deixemos ela para depois."

"Sim."

Vou ouvi-la detalhadamente mais tarde, mas por hora vamos colocá-la de lado.

"Depois que eu ouvi que era uma criança da raça humana, poderia ser um dos teletrasportados, rapidamente parti para a aldeia Dorudia. Não estou gabando, mas minhas conexões são ótimas. Eu tenho um bomnúmero de conhecidos até mesmo na aldeia Dorudia. Um daqueles conhecidos, um guerreiro com que fiz amizade, eu lhe fiz um pedido para me jogar na mesma prisão. "

"Só um segundo, por que tinha necessidade de te botarem na mesma situação?"

"No caso de que precisássemos escapar nós dois. A prisão da raça bestial são mais fácil de escapar por dentro do que por fora."

Eu sei muito bem o quão hábil Gisu é em escapar da prisão. Ele é um homem que pode calmamente sair depois de ser pego por engano.

"Então você sabe. Eu pensei que eu iria encontrar uma criança raça humana capturada, gritando de dar pena e desespero... Kukukuha."

"O que é? O que aconteceu?"

"Ele estava deitado ali nu, cheio de si e dizendo, [Bem-vindo, ao ponto mais alto em sua vida.] Apenas isso? Eu realmente não tinha ideia do que dizer em resposta depois disso!"

Gisu estava rindo aos berros.

"Não é algo para rir tolamente."

"É algo para rir. Eu soube no momento em que o vi. Que esse cara era o filho do Paul."

O que é tão engraçado sobre isso? Ou melhor, que parte sobre isso leva à conclusão de que ele é meu filho?

"Ele era exatamente como você antigamente. A maneira dele ser tão imprudente num primeiro encontro, a maneira como ele era tão arrogante inútil ao mesmo tempo, até mesmo a maneira como ele ficava flertando com as mulheres da raça bestial, [Eu sentia o cheiro de sua excitação sexual.]... E ele, mesmo sabendo que estava em uma má situação não hesitava de continuar agindo assim!!"

Depois da pausa para concluir sua fala, ele recomeçou a rir como nunca. Ao ouvi-lo desenterrar as coisas do meu passado como minha cabeça começa a esquentar.

"Bem, é claro que demorei um pouco mais para ter certeza."

Gisu disse que enquanto dava mais uma talagada em sua cerveja.

"Bem, já que foi assim. Ele tinha jeito, não tinha como ele saber sobre tudo. Parece que ele nunca parou em Porto Santo."

"HMN? Espere um segundo Gisu, você estava preso na mesma cela que ele? Então..."

esse cara poderia ter explicado tudo ao Rudi.

"Eu não queria acabar com a surpresa de um encontro entre pai e filho. este é um ponto onde eu recuarei e deixarei vocês dois tentarem se conciliar".

Gisu fala isso rapidamente e se levanta de seu assento.

"Ei, espere um segundo, a conversa não acabou?"

"Ah, isso é certo. Eu me esqueci de dizer isso, mas parece que Elinalize e os outros se dirigiram para o continente mágico. Eu ouvi rumores de vários homens que foram “devorados” por uma elfa em Porto Santo, por isso, não deve ser 100% certeza."

"Elinalize, em?"

Mesmo que eu imaginado que era ela que me odiava mais?

"Hehe... apesar de tudo, esses caros realmente não te odeiam tanto assim, afinal."

Depois de me deixar com essas palavras na cabeça, Gisu deixou o bar. Claro, sem pagar nada. Ele é esse tipo de cara. Bem, eu te perdoo-o por hoje. Depois de beber muito, eu vou me deitar logo. E então, eu vou tentar falar com o Rudi amanhã.

"Não beba mais nada. Amanhã você tem que está sóbrio, vá para a [Luz do Amanhecer], está bem?"

Gisu retorna só pra me dizer isso.

"Entendi!"

Ele voltou a baixar meu copo sobre a mesa. Suspirei e largou o copo. Depois de pensar sobre isso, tenho bebido muito recentemente. Por que eu estava perdendo o tempo com algo como isso. As coisas que eu preciso fazer, ainda há muito que eu posso fazer.

"Ummm... Líder Paul, sua conversa terminou?"

Assim quando eu estava meditando, uma mulher apareceu com uma expressão de culpa. Eu não a reconheci de cara. Meu olhar sobre o rosto dela estava desfocado por causa da bebedeira. Então eu percebi que era um dos membros do grupo, percebi que era a Vera.

"Ohh... apesar de tudo, hoje está vestindo uma roupa surpreendentemente recada não é."

"É, então..."

Vera assentiu vagamente e sentou-se na cadeira Gisu estava sentado até agora. Ela não está usando sua roupa habitual estimulante que exibe tudo. Assim como você pode ver em qualquer lugar, é uma roupa de menina normal e simples da cidade.

"Essa luta que teve no meio-dia, eu queria saber se isso poderia ter sido minha culpa."

"Sua culpa? Por quê?"

"Não, umm, desde que eu sou assim? Então, seu filho, pode ter entendido mal é o que eu acabei pensando..."

"Não tem nada a ver. Depois de tudo, ele teria mal interpretado as coisas até mesmo ao olhar para o tamanho de seus peitos."

Há uma razão para que Vera normalmente use essas roupas leves e expostas. Ela costumava ser uma aventureira normal, mas ela foi jogada aqui no Continente Milis sem qualquer equipamento no incidente de teletransporte, ela foi capturada por ladrões que acabaram por se divertir com ela.

Normalmente uma pessoa fecharia seu coração depois de experimentar algo assim, mas ela tem uma enorme força de vontade e persistiu. No entanto, houve mulheres que não conseguiram superar a dor. A irmã mais nova de Vera, Shera foi um desses casos. Essa criança, quando se defronta com os olhos de um homem ela não consegue parar de tremer. Mesmo com a exceção de alguns dos membros masculinos do grupo, isso acontece com a maioria.

A fim de proteger essas meninas destes olhares, ela tenta concentrar todos os olhares dos homens para si, com sua roupa exibicionista. Além disso, ela é excelente para dar assistência a outras mulheres que tenham tido experiências análogas aos dela. Eu pessoalmente, não posso compreender os sentimentos de uma mulher que foi estuprada, mas ela é uma subordinada que eu não seria capaz de substituir ou dispensar. Obviamente, não há nenhuma relação física. De jeito nenhum poderia acontecer um caso assim.

"Agora explicado, você pode ir."

"Sim."

Não parecendo crer muito, Vera voltou para os bancos onde as mulheres estavam reunidas.

"Eita..."

Ao olhar ao meu redor, havia diversos olhos me encarando com preocupação.

"Parem de me encarar com essas caras estranhas todos! Eu vou me reconciliar com ele amanhã!"

Depois de dizer que no final me levantei da minha cadeira.

Parte 2

Depois de voltar para o meu quarto, Norn estava lá dormindo sozinha. Eu enchi um copo d’ água do jarro sobre a mesa. E tomei num grande gole. A água morna caiu direto no meu estômago seco. Eu lentamente comecei a acordar de minha embriaguez. Nos velhos tempos, eu costumava ter uma péssima resistência para o álcool. Se eu bebesse em grandes quantidades eu estaria sempre muito embriagado, mas nunca permaneceria por um longo tempo.

Depois que eu comecei a recuperar a foco, a minha cabeça lentamente começou a desanuviar. Eu comecei a acariciar a cabeça de Norn gentilmente enquanto ela estava dormindo agarrada ao cobertor. Pensei como Norn era uma criança sofrida. Ela teve que ficar junto deste pai inepto, com certeza ela possui muito que reclamar de mim, mas sem dizer uma única palavra de reprovação, ela permanece bem-comportada.

Se Norn morresse eu não seria capaz de continuar vivendo.

"NMMU ... Pai ..."

Norn começou a falar sonolentamente escapar. Ela não está acordada. Deve estar sonhando. Ela é uma criança comum. Diferente de Rudi. Se eu não protegê-la...

"..."

Se Rudi não fosse tão especial, ele estaria dormindo desse jeito também. Ele nunca teria se tornar um tutor particular, teria continuado em casa, e quando o incidente do teletransporte acorreu, ele poderia ter se agarrava a mim, junto de Norn. Poderia ter sido esse o caso. Um Rudi comum. Um Rudi de 11 anos normal. Ter que proteger alguém que eu deveria cuidar, como eu poderia...

Minhas pernas tremiam.

Finalmente entendi o significado por trás das palavras "um moleque de 11 anos" que Gisu estava dizendo. Ele está certo. Se o Rudi é normal ou um gênio. Qual é a diferença? Não é mesmo. Mesmo se Norn fosse a gênio, eu teria dito as mesmas coisas para ela? Para uma Norn prodígio que ficou andando por ai alegremente e despreocupada... Eu teria dito algo do tipo? Eu teria colocado expectativas demais em você também?

Após imaginar essa cena eu não conseguia mais dormir. Nem me assentar direito na cama poderia. Eu fui para fora da pousada, eu enfiei minha cabeça num barril de água destinada a apagar incêndios. Lembrei-me do rosto de Rudi enquanto ele estava saindo do bar se vomitando. Quem foi que que fez Rudi ficar com a cara tão mareada?

A água se acalmou dentro do barril. Dentro dele o rosto de um homem idiota estava sendo refletida. Era o rosto do pai mais inadequado do mundo, era o meu rosto.

"Hah... não pode ser, estou digno de pena..."

Se fosse comigo, eu iria cortar todos os laços com esse tipo de pai.

Parte 3

--- Ponto de vista do Rudeus '---

Na manhã seguinte. Eu estava tomando café da manhã, enquanto me sentia um pouco mais calmo. O lugar era um bar ao lado da nossa pousada. A comida de Milishion era muito boa. Desde a Grande Floresta até aqui, parece que quanto mais nos deslocamos a comida tem um melhor paladar degustação. O cardápio de hoje é pão fresco e sopa transparente temperada. Uma salada de vegetais crus. Além de pedaços grossos de bacon.

Na noite passada eu não pude comer aqui, mas parece que além de toda essa variedade, os jantares incluem sobremesa, uma gelatina. Parece ser bem popular entre os jovens aventureiros. Estou ansioso por ela.

Comer comida. Isso é uma coisa que alegra qualquer um. Se você está com fome, você vai ficar irritado. Se você ficar irritado o seu apetite desaparece, e se o seu apetite desaparece em seguida, você ficará com fome.

É um círculo vicioso esplendido. Mesmo um androide se tornaria descontente.

"Bem vindo."

Como eu estava imerso em meus pensamentos e se deleitando com minha refeição, o dono do bar estava à entrada dando boas vindas a alguém.

Havia um homem desgastado ali com um rosto pálido. No instante em que vi o rosto, eu claramente fiquei surpreso. O homem, gradualmente ficou vislumbrando o interior e me encontrou. Comecei a lembrar de todos os sentimentos de ontem, embora nada foi dito, eu espontaneamente evitei fazer contato visual.

"..."

Depois de verem minha mudança, os dois que estavam sentados comigo, parece que rapidamente adivinharam quem era essa pessoa. Ruijerd ergueu as sobrancelhas; Eris se levantou enquanto chutava a sua cadeira.

"Quem é você?"

O homem andou até nós... Eris estava lhe encarando. Com ambos os braços cruzados e as pernas alinhadas e os ombros para trás, e de queixo erguido. Uma atitude autoritária, que encarava o rosto do homem, como se fosse seu pior inimigo.

"Paul Greyrat. Eu sou o pai dele."

"Eu sei disso muito bem!"

Por estar olhando pelas costas da Eris, ouvi uma voz vinda em minha direção. Era uma voz sarcástica.

"O que é isso Rudi, escondendo-se atrás de uma mulher, você se tornou esse tipo agora, é?"

Esse tom e essa expressão. Eu me senti um pouco aliviado. É certeza... É a voz do velho Paul sempre me provocando. Como é nostálgico. Este comportamento agora e ele passar por aqui a essa hora é um bom sinal, deve ser sua maneira de dizer que quer conversar e fazer concessões. Não haverá nenhum problema em falar com ele assim.

"Rudeus não está se escondendo atrás de mim! Estou escondendo Rudeus de outra coisa! De um pai inútil!"

Eris estava tremendo enquanto cerrava seus punhos firmemente, parece que a qualquer momento ela os mandaria voando no queixo de Paul. Enviei um sinal para Ruijerd com meus olhos. Ele viu, e depois agarrou Eris pelo colarinho e a ergueu.

"Wha!! Ruijerd! Deixe-me ir!"

"Vamos deixar os dois sozinhos."

"Você não viu como Rudeus estava ontem! Isso não é um pai!"

"Não diga isso assim. Um pai é às vezes assim também."

Enquanto ele dizia essas palavras, Ruijerd foi saindo do bar com Eris tentando se soltar. Mas à medida que se aproximava de Paul, o encarou no olho e disse o seguinte.

"Tenho certeza que você tem suas próprias reclamações, mas elas só podem ser ditas, enquanto o seu filho estiver vivo."

"si-simm ..."

As palavras de Ruijerd foram duras. Ele parece ter uma imagem de si como o pior pai do mundo. E no que diz respeito a outro pai terrível, parece que quer ajudar-lhe a não cometer os mesmos erros a sua maneira.

"Rudi, não fique ordenando aos mais velhos por ai."

"É diferente. Não são ordens. É simplesmente eu pedi algo com um olhar."

"É basicamente a mesma coisa."

Enquanto Paul estava dizendo essas coisas se sentou na minha frente.

"É aquele da raça mágica que você falou ontem?"

"Sim, o Ruijerd, é da raça Supard."

"Raça Supard, hein. Ele parece ser um cara do bem. Eu acho que isso significa que os rumores e a coisa real são completamente diferentes, hein."

"Você não vai ter medo dele?"

"Não diga coisas estúpidas, ele é o salvador do meu filho."

Sua opinião parece ser bastante diferente da de ontem, mas... Eu não vou falar nada desnecessário.

Agora, então.

"E então, a que você veio?"

Acabei deixando escapar uma voz dura da que queria. Logo em seguida, Paul começou a tremer um pouco de surpresa.

"Não... Ummm, eu pensei, em te pedir desculpas."

"Para quê?"

"Pelo o que aconteceu ontem."

"Não há necessidade de desculpas."

Receber um pedido de desculpas é muito conveniente, mas eu pude usar o peito da Eris como um travesseiro e dormi bem, com isso devidamente refleti sobre tudo.

"Vou ser franco, parece que levei tudo o que passei até aqui como uma brincadeira."

Deixando de lado o principio, no todo a nossa viagem prosseguiu favoravelmente e eu tive bastante tempo para se distrair com coisas como espiar a Eris. O fato de que eu não ter coletado informações no que diz respeito à região Fedoa foi sem dúvida um erro de minha parte. Era impossível em Porto Santo, mas estávamos em contato com um vendedor de informações em Porto Vento. Se eu tivesse apenas perguntado... Talvez eu pudesse ter sido capaz de obter algum tipo de informação. Depois de ouvir eu investigaria, mas, obviamente, eu não fiz isso. Foi uma falha minha.

"Uma vez que esse é o caso, não tenho desculpa para o senhor não estar com raiva de mim. Por todo esse período de preocupações, por favor, não se desculpe, eu que tenho que me desculpar."

O facto de a região de Fedoa desaparecer e a minha família ficar toda dividida. Quando eu penso no estado mental de Paul durante todo esse tempo, eu não posso imaginá-lo. Eu só fui capaz de permanecer da forma que estava, porque eu não tinha ideia. Não conhecer a dimensão do desastre, foi um fato feliz.

"Não, não com certeza que você teve seus percalços. Rudi deu o seu melhor, eu tenho certeza."

"Não, não, não. Houve muito espaço para o lazer."

Desde que Ruijerd estava lá para nós. Depois que deixamos a cidade de Rikaris foi tudo relativamente fácil. Não havia nenhuma possibilidade de ser emboscado por monstros, mesmo que eu não falasse nada ele nos conseguia comida, e também até parava as lutas que a Eris se metia. No que diz respeito a mim, foi uma viagem confortável. Verdadeiramente como se estivesse no very easy.

"Entendo, foi agradável..."

Eu não sei o que Paul está pensando. A única coisa que posso dizer é que sua voz continua tremer um pouco.

"Eu me sinto muito triste que eu não pude ter encontrado as mensagens ou o que quer que você tenha enviado. O que estava escrito nelas?"

"As coisas sobre mim e do Grupo de pesquisa e para procurar nas partes ao norte do Continente Central."

"Entendo. Então, depois que eu terminar de escoltar Eris para a região de Fedoa, eu vou buscar nas áreas ao norte."

Eu respondi como se fosse uma máquina. Não importa como eu pense sobre isso eu sinto que as minhas palavras estão saindo duras e secas. Pergunto-me por que... Pergunto-me se estou tenso. Por quê? Eu já perdoei Paul, mesmo Paul já me perdoou também. Podemos não ser capazes de retornar à forma como costumava ser, mas agora é uma situação de emergência. Desde que é uma situação de emergência por que estou tenso. É obvio.

"Isso é... mas em relação ao estado atual da região Fedoa, por favor, diga-me o que ocorreu em mais em detalhe."

“... Sim."

O tom de Paul foi duro também e continua meio trêmulo. Tenho certeza de que ele está tenso também. Não, ao invés disso, minha própria confiança está balançada, isso é estranho. Não podemos agir como nós costumávamos... Como é que eu poderei interagir com Paul como antes, de novo? Eu me lembro de podermos conversar sobre qualquer besteira, agora não estou tão seguro disso, talvez ...

"Por onde devo começar?"

Com uma voz dura, Paul começou a me contar sobre o que aconteceu na região de Fedoa.

Todos os edifícios desapareceram é fato que todas as pessoas que viveram lá foram teletransportadas. Um grande número de mortes foi já confirmado. Embora ainda haja um grande número de desaparecidos também.

Paul começou a recolher contribuições e criou uma organização de Busca e Pesquisa com voluntários. Por essa razão, ele está aqui, onde fica a sede da Guilda dos Aventureiros, a coleta de informações em Milishion seria um ponto central. Aliás, há outra base no Reino Asura, parece que o lugar está a sendo gerido pelo mordomo Alphonse. Parece que agora mesmo os que ficaram lá estão dando assistência aos refugiados da região Fedoa.

Logo depois, Paul deixou mensagens em vários lugares. A mensagem para mim era de dividir os nossos esforços em procurar a nossa família em vários lugares. A responsabilidade do filho mais velho, que se tornou um adulto independente. Em termos de idade eu ainda sou uma criança, mas eu já me considero um adulto em mentalidade. Se eu tivesse visto que a mensagem que eu teria entendido como estavam as coisas.

Zenith, Lilia, e Aisha ainda não foram encontrados. Pode ser que elas acabaram em algum lugar no Continente Mágico, e podemos ter passado por elas. Quando penso que nisso eu lamento minhas próprias ações. Pelo fato que eu estava apressando e muito nossa viagem, ficamos em cada cidade por pouco tempo.

"Norn está bem, certo?"

"Sim, felizmente ela estava em contato comigo."

De acordo com Paul, o fenômeno conhecido como teletransporte, se estiver fazendo contato com alguém ou alguma parte do corpo, então você vai ser arremessado junto com ela.

"Norn está saudável e alegre?"

"Sim, parece que ela ficou pouco desnorteada caindo em um lugar desconhecido no início, mas agora ela é como uma estrela entre os membros do Grupo."

"Compreendo, isso é ótimo."

Então, Norn está saudável, hein. Sim, isso é realmente uma coisa boa. Certamente é uma bênção dentro de toda essa infelicidade. Você poderia até mesmo chamar de algo auspicioso. No entanto, por que, meu coração ainda continua pesado?

"..."

"..."

A conversa parou. A atmosfera continua estranha. O relacionamento entre mim e Paul não deveria ser algo como isso. Era mais como... Uma relação mais aberta e clara... Isto é estranho.

Parte 4

Um pouco depois disso, Paul disse alguma coisa, mas eu não conseguia pensar em nada de bom para responder ela. Comecei a dar respostas duras sem nem pensar repetidas vezes. Antes que notássemos, os únicos clientes por aqui éramos nós. A qualquer momento, não seria estranho que o dono viesse nos perguntar quando sairíamos para fechar o estabelecimento. Parece que Paul percebeu esses sinais também.

"Rudi, o que você vai fazer daqui para frente?"

No final, ele recomeçou a nossa conversa.

"Por enquanto, eu vou acompanhar a Eris até a região de Fedoa."

"No entanto, não há nada na região de Fedoa?"

"Mas, nós ainda devemos voltar."

Não temos outra escolha senão voltar. Phillip, Sauros, Ghyslaine também, parece que ninguém dentre eles foi encontrado. Mesmo se voltarmos haverá ninguém por perto. No entanto, não temos alternativa. Por quê? É porque esse era o objetivo de nossa viagem. Devemos Realizar nossa intenção original. Primeiro vamos chegar à região de Fedoa, e em seguida olhar para o atual estado das coisas e confirmá-la com nossos próprios olhos. Depois disso, seria bom se eu me meter a procurar nas regiões do norte do Continente Central. Se perguntarmos ao Ruijerd ele poderia na volta para o Continente Magico, poderia olhar em vários outros lugares. Por enquanto, ele também poderia ir para o Continente Begarrito, aproveitando que eu posso entender o seu idioma.

"Depois disso, vamos vasculhar em outros lugares."

"Entendo."

Assim como as outras, esta a conversa rapidamente parou. Eu não sei o que dizer mais.

"Aqui."

Por essa altura o dono do bar deixou alguns copos na frente de nós. Havia vapor saindo deles, ao contrario dos anteriores.

"É por conta da casa."

"Muito obrigado."

Assim como eu percebi, minha garganta estava completamente seca. Minhas mãos estavam cerradas com tanta força, e minhas mãos estavam cobertas de suor. Ao mesmo tempo, eu percebi que minhas costas e os braços estavam cheios de suor. Minha franja estava se agarrando a minha testa.

"Ei rapaz. Eu não sei os detalhes, mas..."

"...?"

"Por favor, olhe para o seu rosto."

Depois de ouvi-lo que eu percebi, logo de cara. Eu não olhei para o rosto de Paul sequer uma vez desde que começamos a falar. Desde a primeira vez que evitamos se olhar, nem mesmo uma vez, eu não fui capaz de encarar o rosto de Paul. Eu respirei profundamente e olhei para o rosto de meu pai. Era um rosto cheio de preocupações. Parecia que ia desabar a qualquer momento. Era um rosto terrível.

"O que é com esse cara?"

"O que quer dizer com minha cara?"

O rosto de Paul tentava fazer um sorriso amargo sem energia alguma. Essa expressão, as bochechas tão afundadas, ele parecia uma pessoa diferente. No entanto, eu sinto como se tivesse visto um rosto parecido em algum lugar antes... Onde foi? Foi no passado.

Ahh!! O passado.

Lembrei-me.

Eu estava me olhando no espelho de casa. Foi a um ou dois anos depois de ter começado ficar recluso e de sofrer bullying. Lembro-me que na época eu ainda pensava que poderia seguir em frente, mas eu era incapaz de ir lá para fora, nem motivos para fazê-lo. Pensando em como eu iria encarar os estranhos que cruzassem comigo, rindo pelas minhas costas e apontando o dedo, lembrando-se das fotos que fizeram; minhas pernas não pararam de tremer. Tentei superar todos esses medos que me rondava, a preocupação e a impaciência, mas não fui capaz. Eu acredito que passei por um período muito instável naquela época.

Agora eu entendo. É isso que está acontecendo. Paul está se sentindo totalmente ansioso e inseguro neste momento. As pessoas que ele está procurando ainda estão desaparecidas, não importa quanto tempo ele espere nenhuma notícia chega. Se preocupando, e pensando no pior, talvez eles estejam feridos ou algo do tipo. Talvez eles viessem a ficar acamados com algum tipo de doença. Ou então, talvez eles já estejam... Pensando nisso tudo...

Preocupação só aumentando... Aquele que finalmente apareceu fui eu, mas eu cheguei tão diferente e descontraído como ele imaginava, ele acabou ficando irritado. Até eu fiquei assim pelas minhas lembranças. Isso foi logo após o tempo comecei a me isolar. Um conhecido meu que estava no ensino médio veio me visitar, e ele ficou falando sobre várias coisas da escola. Mesmo que eu estando tão deprimido, mesmo que eu estando tão chateado, ele continuava a me falar, sem pensar sobre sua vida na escola. Eu não conseguia mais suporta e de repente começou a esbravejar coisas imprudentes, destilar minha frustração e raiva nele.

No dia seguinte, se ele aparecesse de novo, eu iria pedir desculpas a ele. No entanto, ele nunca mais voltou. Eu nunca fui até ele também. Eu possuía um estranho sentimento de orgulho.

A face que tinha no espelho. Era esta a face que tinha, e agora Paul estava com ela na minha frente.

"Eu tenho uma proposta."

"Rudi?"

“Nesta situação, não temos escolha, s não ser atuarmos como adultos."

"Sim, bem, certamente eu não acho não estou sendo muito bom nisso agora... O que você quer dizer?"

Dentro de meu coração de repente tudo se acalmou. Finalmente entendi os sentimentos de Paul. Depois de pensar bem, era tudo simples. Era só se lembrar do passado. O momento em que Paul me repreendeu e eu retruquei em tom forte. Naqueles tempos, eu achava que ele era um cara que não tinha jeito. Vinte e quatro anos de idade, ele ainda era jovem para ser pai, então eu pensei que essas coisas podiam acontecer. Já se passaram seis anos desde então. Paul agora tem 30 anos. Comparado a mim de minha vida anterior, ele é ainda mais jovem. E então, se você fosse compará-lo com o eu de minha vida anterior, ele é uma pessoa esplêndida. Eu nunca fiz as coisas que deveria fazer, somente pensava nas coisas que se foram e culpava os outros.

Eu sou diferente daquela época. Eu jurei para mim mesmo isso. Recentemente me sinto que tivesse esquecido esse juramento, eu não quero repetir os mesmos erros de novo... Eu jurei que eu iria viver a sério neste mundo.

A escala pode ser agora muito maior, mas é a mesma coisa. É a mesma coisa que há seis anos. Nós estamos repetindo os mesmos erros. Mesmo que deveríamos ter crescido, mas parece que não avançamos em relação à antes. Estamos apenas de pé no mesmo lugar desde 6 anos atrás. Eu refleti sinceramente em relação a tudo isso. E essa é a proposta que acabei chegando.

"Vamos começar de novo, como se nada tivesse acontecido ontem."

Foi o que me ocorreu agora, desta vez, eu estava ferido. Tenho certeza de que naquela época, o meu amigo estava preocupado comigo também, mais o rechacei e se sentiu assim. Parece que meu coração esta prestes a quebrar. E com esses sentimentos, ele nunca apareceu novamente. Eu preciso ter certeza de que não será este o caso mais uma vez. Meu relacionamento com Paul, de nenhuma maneira eu deixarei ser cortado.

"Ontem, nós nunca brigamos. Agora, neste exato momento, somos só um pai e um filho que acabam de ser reencontrar pela primeira vez em anos. Vamos fazer isso."

"Rudi? O que você está dizendo?"

"Está tudo bem, olha, só abra seus braços assim... ~"

"A-assim?"

Paul apenas abriu os braços, como lhe foi dito. Então eu saltei sobre o seu peito.

"Pai! Eu queria tanto vê-lo!"

O cheiro de álcool estava pairando sobre o ar. Agora ele está sóbrio, mas ele pode muito bem estar passando por uma ressaca. Ou melhor, acho que ele não está lá muito acostumada a beber sequer uma gota de álcool...

"Ru-Rudi?"

Paul estava confuso. Coloquei meu queixo no ombro de Paul e lentamente, disse a ele.

"Olha, é a sua primeira vez vendo ao seu filho por um longo tempo, há algo que você deve dizer para mim."

Enquanto pensava como isso estava beirando a uma farsa, eu mais uma vez abracei o Paul com todas as minhas forças. Seu rosto parecia que tinha diminuído até mesmo seu corpo. Tenho a sensação de que ele era um pouco maior e mais tonificado antes. Meu próprio corpo deve ter crescido, mas Paul passou por tanto sofrimento, muito mais do que eu.

Embora continuasse perplexo, Paul deixa sair de sua boca essas palavras...

"Estou muito feliz em te ver também..."

Depois que eu ter pedido para que ele falasse alguma coisa, parece que algum muro entre nós foi demolido.

Eu senti tanto sua falta também... Eu realmente senti sua falta, Rudi...

"Eu senti tanto sua falta também... Eu realmente senti sua falta, Rudi... Sempre, ninguém foi encontrado, eu pensei que todo mundo poderia ter morrido... Você está aqui... você está inteiro e bem..."

Eu tento olhar para o seu rosto, e Paul estava se derramando lágrimas. Seu rosto estava distorcido e amassado. Um homem totalmente crescido mais vergonhosamente caindo em lágrimas e chorando.

"Desculpe-me, me desculpe, Rudi..."

De alguma forma eu acabei chorando também. Eu dei uma tapinha nas costas de Paul e depois de algum tempo ambos estávamos chorando. Assim como estamos, depois de cinco anos, eu finalmente fui capaz de me reunir com o meu pai.

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Notas de Tradução e Referências

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