Mushoku Tensei:Web Chapter 38 (Brazilian Portuguese)

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Capítulo 5 – O Demônio no Armazém[edit]

Parte 1[edit]

A cidade Portuária, Porto Santo.

É uma cidade conhecida por ser bem parecida com o Porto do Vento.

Uma cidade com muitas colinas e ladeiras, e é bem mais energética nas áreas próximas ao porto.

A mesma coisa quanto a Guilda de Aventureiros, está mais perto do porto do que do centro da cidade.


Entretanto, também têm muitas diferenças.

Primeiramente, há muito mais construções de madeira do que no Porto do Vento.

Talvez seja uma contramedida à brisa do mar, mas todas elas estão pintadas com uma cor forte.

Todas as ruas são alinhadas, e se você olhar pra fora, dá pra ver uma grande floresta ao longe.

Além disso, há muito verde.

Comparado com o Continente Mágico, que só tinha branco, cinza e marrom isso é quase o suficiente para cegá-lo.

Apesar de ter apenas uma pequena distancia entre elas, são mundos completamente diferentes.


De qualquer forma, como esperado do Continente de MIlis.

A aparência das pessoas andando é bem variada, nem tanto quanto as raças mágicas,

Mas aqui tem a raça das feras, dos elfos, dos anões, hobbits;

Todas as diferentes raças mais parecidas com a raça humana.


Enfim, antes de procurarmos por uma pousada, deveríamos checar quanto dinheiro nós ainda tínhamos em mãos.


Na moeda do Continente mágico, daria: 2 moedas de mineral verde, 18 moedas de metal, 5 moedas de sucata, 3 moedas de pedra.

Estamos carregando bastante até.


Se convertermos, daria 3 Moedas de ouro, 7 Moedas de Cobre Grande e 2 Moedas de Cobre.

É como ficaria.


Um pouco menos do que imaginei, mas felizmente é prática a conversão.

Pois se não estivéssemos com a guilda e tentássemos trocar a moeda, nós provavelmente acabaríamos com bem menos.

Portanto, essa quantia ainda é aceitável.


“Seria bom se conseguíssemos uma pousada próxima da Guilda de Aventureiros.”

“Sim, caso contrário, seria mais complicado arrumarmos trabalho.”


A partir de amanhã, vamos passar uma semana aqui fazendo a fama da Dead End e completando missões.

Depois de ouvir algumas histórias, parece que o nome “Dead End” não é muito conhecido no Continente de Milis.

Então, parece que o dia que não poderemos mais fazer uso dessa fama se aproxima.


Enquanto pensava nisso, procurávamos por uma estalagem próxima a guilda.

Mas, que misterioso, todas elas com um bom preço não tem mais vagas.


É a primeira vez que isso aconteceu.

Já encontramos uma pousada ou outra lotada antes, mas não tanto como agora.

Deve ter algum tipo de festival ou algo assim acontecendo.


Depois de um tempo, decidi perguntar a um recepcionista sobre isso.


“A temporada de chuva está chegando. Por isso, maior parte das pousadas já está lotada.”


Então é isso.


A temporada de chuva é uma peculiaridade do clima que acontece na Grande Floresta no Continente de Milis; por aproximadamente 3 meses uma grande chuva vai continuar a cair.

A Grande Floresta vai ficar inundada, e assim todas as estradas estarão bloqueadas.

E por isso, há tantas pessoas reservando quartos por um longo período.


Normalmente, você evitaria vir pra um lugar como esse durante a temporada de chuva.

E era exatamente o que pensava, mas parece que nessa época, vários monstros únicos começam a aparecer perto da cidade.

Cujos materiais podem ser vendidos por um alto preço.

Por isso que vários aventureiros ficam na cidade durante essa época do ano.


Então é algo que nos beneficia bem.

Se trabalharmos duro aqui por três meses, juntando dinheiro, nós poderíamos conseguir o suficiente pra bancar toda a viagem por aqui.

Além disso, também poderíamos espalhar o nome do Ruijerd.

Assim, nossa jornada no Continente de Milis ficaria bem mais fácil.


Mas isso é contar a vitória antes da hora.[1]

Não há muito que fazer com tão pouco dinheiro, e nem mesmo encontramos uma pousada.


Os únicos lugares que ainda tem quartos ou são muito mais caros ou baratos do que o normal.

Não temos tanto dinheiro, então o primeiro está descartado.


No fim, parece que vamos ter que ficar num lugar cheio de caras mal encarados.

Pra ser franco, fomos forçados a ficar numa pousada em um bairro mais pobre.


Uma noite, 3 moedas de cobre grande.

Refeições a parte, e sem serviços complementários.

É barato, e não é nada mal para um lugar apenas pra dormir.

No Continente Mágico, já ficamos em inúmeros lugares piores que esse.


Mesmo que diga isso, ainda temos de pensar sobre os próximos 3 meses;

E já que queremos juntar dinheiro, talvez seja bom nos mudarmos posteriormente.


“Hmmm, é um lugar decente!”


Por maior parte da vida, a Eris foi criada como uma nobre, mas mesmo assim, ela não parece se incomodar com serviços antiquados.

Ou melhor, chega ao ponto em que sou eu quem reclama.


“Pessoalmente, eu gostaria de ficar em um lugar um pouquinho melhor.”

“Rudeus egoísta.”


Eu não quero ouvir isso da Eris.

Embora eu não consiga responder de volta.

Ainda me lembro de um passado muito, muito distante, onde a jovenzinha estava coberta de piolhos e em um sono profundo numa pilha de palha, em um estábulo que cheirava a esterco de cavalo.

Ela continuava a dormir mesmo se apertassem seus peitos.

Ela é diferente de mim, que apenas quer dormir em uma cama quentinha e aconchegante depois de ser reencarnado.


Assim, eu não posso discutir sobre ser egoísta.

A única coisa que posso fazer é mandar um vento quente na cama, pra matar qualquer inseto que esteja lá.

E depois, também arrumar o quarto.


Não é como se eu gostasse de ver tudo organizado.

Honestamente, eu prefiro que esteja um pouco bagunçado.

Mas, em um quarto como esse, às vezes pode ter algo deixado para trás pelo antigo hóspede.

Se você encontrar, eles vão te pagar, e é o tipo que não precisa de um ranque.

Geralmente é algo que os donos apenas deixaram solto, mas de vez em quando, pode ter um grande valor.

E é por isso que precisamos arrumar o quarto logo de início.

Onde vocês estão, itens perdidos? Será que em algum lugar difícil de encontrar?

Brincadeira.


Nessas horas, a Eris apenas puxaria o cobertor e varreria por cima.

Além disso, nós terminamos rápida a manutenção do nosso equipamento.

Então, temos tudo acabado lá pelo por do sol.


“Eris, está quase na hora de buscarmos o Ruijerd.”


Vamos.

Quando estava pra dizer isso, eu de repente me lembrei de onde estamos.

Essa pousada está localizada num bairro mais pobre.

A ordem pública é péssima.


Uma vez, nós ficamos numa pousada perto das favelas no Continente Mágico.

E enquanto nós saíamos pra pegar trabalhos, um ladrão entrou facilmente no nosso quarto.


Ruijerd logo encontrou alguns vestígios do culpado, e em seguida, aplicou uma severa punição, mas como os objetos roubados já tinham sido vendidos, nós nunca os recuperamos.


Não perdemos nada de importante.

E nós também não tínhamos intenção de deixar algo valioso para trás.

Entretanto, ainda é uma boa ideia tomar medidas preventivas contra esses crimes.


“Eu vou sozinho, então, por favor, fique e vigie a casa.”

“Esperar em casa? Eu não posso ir junto?”

“Não é isso, é só que, essa área não é muito segura.”

“Isso não importa, não temos nada valioso.”


Quem imaginaria.

A Eris se prevenir tão pouco para crimes.

Estaríamos em problemas se eles roubassem utensílios diários.

Já que não temos muito dinheiro pra poder repor eles.


Essa é a hora que eu não tenho escolha, mas impor cautela contra roubos nela.


“Ouça bem. Nunca se sabe quando suas calcinhas recém lavadas podem ser roubadas.”

“O único que roubaria algo assim é você, Rudeus!”


Eu não soltei um som de ‘Guu’.

Isso porque, Eris.

Eu nunca roubaria calcinhas depois de lavadas, você não sabe nem mesmo disso?

Parte 2[edit]

Eu estava andando sozinho pela cidade a noite.

Levou duas horas pra poder convencer a Eris.

Já que, prevenção contra crimes é importante.


Agora, mesmo que o combinado para a entrega era de noite, não falamos de um horário específico.

Aparentemente, qualquer hora é boa, deste que seja depois do por do sol.


E também, parece que eles continuariam a cuidar dele por mais alguns dias se necessário.

Embora, atualmente o Ruijerd seja tratado como um escravo.

Então devem estar fornecendo o mínimo possível.

Durante essa última semana o Ruijerd deve ter recebido um tratamento cruel.


Ele provavelmente não está se alimentando direito.

Então, ele deve estar com fome.

E quando as pessoas estão com fome, elas tendem a se irritar facilmente.

Eu preciso me apressar e me encontrar logo com ele, caso contrário...


Eu fui até o cais enquanto segurava a lança do Ruuijerd com uma das mãos.

Era o lugar para receber os produtos dos traficantes, e parece que o local onde eles armazém está habilmente escondido.


No fim do píer.

Tinha 4 armazéns de madeira alinhados.

Eu entrei no que tinha ‘Armazém #3’ escrito.

Lá dentro, tinha um único senhor passando o tempo limpando o armazém.

Ele tinha o penteado mais comum do final do século, o Moicano.[2]

E eu disse pra ele: ‘Eai, Steve. Como vai o litoral da Jen?’[3]

Era a frase que o intermediário me mandou falar.


Depois de ele me encarar com uma cara suspeita.


“O que foi garoto? Precisa de alguma coisa?”


Bem, será que eu cometi algum engano na senha.

Não, não deve ser isso, já que sou uma criança, ele não deve ter acreditado.


“Sob as ordens do meu mestre, eu vim receber a carga.”


Depois de dizer isso, parece que o senhor do moicano entendeu.

Ele quietamente assentiu e disse: “Me siga”; e começou a andar adentro do depósito.

E eu o segui silenciosamente.

Ao fundo do armazém, tinha uma caixa grande de madeira, que deve ter espaço para umas 5 pessoas.

O do moicano pegou uma tocha, e começou a mover a caixa.

E embaixo dela tinha uma escada.


Depois de descer a escada, entramos numa caverna úmida.

O homem continuou depois de acender a tocha.

Eu o segui, tomando cuidado para não escorregar.

Continuamos na caverna por uma hora.


Ao fim dela, saímos numa floresta.

Parece que fica do lado de fora da cidade.

Depois de caminhar um pouco mais por lá, uma grande construção cercada por diferentes arvores começou a aparecer.


A aparência era diferente daquele armazém, está mais para a moradia de uma pessoa rica.

Então esse deve ser o ponto seguro.

Pergunto-me, e se uma construção como essa no meio da floresta for atacada por monstros.


“Eu acho que você já sabe, mas não diga uma palavra sobre isso. Caso contrário...”

“Sim, eu entendo.”


Eu concordei fortemente.

Se eu dissesse para alguém sobre esse lugar, certamente procurariam por mim e me matariam.

Eu já recebi esse aviso do intermediário no Continente Mágico.


Ao invés de fazer promessas verbais, vocês deveriam fazer algo escrito, um contrato de sangue, por exemplo.

Por que será que eles não fazem?

Talvez tenha raças que não possuam sangue?

Bem, provavelmente ambos os lados apenas não queiram deixar vestígios escritos para trás.

Limitando bem mais qualquer evidencia criadas.


O homem do moicano bateu a porta da entrada.

‘Tok’‘Tok’‘Tok’‘Tok’, ‘Tok’‘Tok’‘Tok’.

Parece que tem regra em até mesmo bater na porta.


Depois de um tempo, um homem com cabelos grisalhos e roupa de mordomo apareceu.

Depois de olhar para o cara de moicano e para mim, ele logo diz: ‘Entre’.

E eu entrei.

Na minha frente tinha as escadas; em cada lado tinha salões; além de uma porta para a direita e para a esquerda.

Se fosse pra descrever brevemente, seria a típica entrada de uma mansão.


No fim do corredor tinha uma mesa redonda, e lá tinha alguns caras mal encarados sentados lá.

De alguma forma eles pareciam tenso.


E então, o mordomo com cabelos grisalhos me encarou com um olhar desconfiado.


“Quem é o referencial?”

“Ditts.”


Ditts é o nome do intermediário.


“Ditts, huh. De qualquer forma, pra enviar uma criançinha pra cá, os seus chefes são pessoas bem precavidas.”

“Já que estamos lidando com essa mercadoria.”

“Você está certo, leve-o logo daqui. Fico com medo só do perigo que ele representa.”


Depois de dizer isso, o mordomo tirou um porta-chaves do bolso de peito, e entregou para o homem do moicano.


“É o quarto de número 202”


O senhor com moicano acenou silenciosamente e começou a andar.

E eu o segui.


Os ruídos vindos do chão pareciam gritos vindos de algum lugar.

E o cheiro de animal, que ocasionalmente flutuavam no ar.


De repente, eu vi um quarto com barras de ferro, então dei uma espiada dentro.

E lá tinha um circulo mágico brilhando, e no centro tinha um grande animal deitado e acorrentado.

Estava escura, por isso eu não sei descrever exatamente o que era, mas eu acho nunca vi esse ser, mesmo no Continente Mágico.

Será que é típico do Continente de Milis?


“Vocês também transportam mercadorias do Continente de Milis para o Continente Mágico aqui?”

“Sim.”


O cara do moicano logo me respondeu.

Acho que não é algo que precise esconder.


O senhor começou a descer algumas escadas.

Já que é 202 achei que seria no segundo andar, ao invés do porão.


“O porão, huh.”

“O andar de cima é falso.”


Ao que parecem, eles mantém coisas que não os meteriam em problemas na superfície.

Enquanto que no porão, as coisas com impostos pesados ou que seria crime de possuir ou transportar.


“Aqui.”


O cara do moicano parou na frente da porta com uma placa escrita 202.

Lá dentro estava o Ruijerd com um pouco de cabelo verde começando a crescer na cabeça, e com as mãos acorrentadas atrás das costas.

Como esperado depois de uma semana inteira, ele esta começando a se parecer com um Marimo.[4]


“Desculpa pelo incomodo.”


O senhor acenou em resposta e esperou na entrada do quarto.

Por agora eu acho que ele vai ficar como um observador.


“Não tire as algemas. Não queremos que um da raça Supard andando livre por aqui.”


A cara dele estava um pouco pálida enquanto dizia isso.


Parece que mesmo com a cabeça raspada, contanto que tenha uma esmeralda verde, ainda funciona.

Se eu tirasse as algemas e ouvisse o que o Ruijerd tem a dizer, ele ficaria com ainda mais medo.

Não-não, eu não vou agir como um cara pequeno, mas arrogante e que impõe autoridade.


Agora, voltando ao ponto, onde eu deixei a chave?

Depois de procurar nos bolsos, eu não consegui encontrá-lo em lugar algum.

Eu provavelmente o esqueci na pousada.

Mas já que seria um saco voltar lá, vou apenas usar magia pra destrancar.


Depois que me aproximei do Ruijerd, percebi que ele estava com uma expressão sombria.

Será que as pessoas realmente ficam bravas quando estão com fome?

Espere apenas um pouquinho, logo eu vou te encher até dizer chega.


“Rudeus, aproxime o ouvido.”


Ruijerd calmamente sussurrou.


“Mas o que?”


Depois de aproximar minha cara, o senhor com moicano entrou em pânico.


“He... hey! Não faça isso. Ele vai te comer vivo.”


Está tudo bem.

Se for o Ruijerd, ele vai ser gentil.

Enquanto eu guardava esse comentário pra mim mesmo, eu aproximei meu ouvido.


“Há crianças capturadas.”


Entendo.


“Crianças da raça das feras. Parece que elas foram seqüestradas a força. Eu consigo ouvir seus gritos daqui.”

“Entendo...”


Crianças. Escravos, provavelmente.

Falando francamente, eu não entendo bem o sistema de escravos nesse mundo.

Se for certo ou errado, é difícil diferenciar.

Será que o melhor seria salvá-los?

E se forem crianças que foram vendidas pelos pais devido a algum problema, caso as levemos de volta para casa, elas poderiam se tornar um aborrecimento.


“Eu quero salvá-las”


Mesmo que eu diga isso.

Para o Ruijerd, crianças são importantes.

Nós viajamos junto independentemente das circunstâncias.

Que ruim pra vocês, contrabandistas.

Quem iria imaginar que seqüestrariam algumas crianças enquanto o Ruijerd estava aqui.


“Têm alguns guardas aqui dentro.”

“Eu sei.”

“Os contrabandistas agem como uma organização.”

“Você é contra isso?”


Ruijerd me encarava com uma cara de que ele não conseguisse acreditar.

Uma expressão de como se eu o tivesse traído.

Mas agora, somos nós quem está traindo.


“Eles fizeram apropriadamente o trabalho. Isso não seria traição?”

“Eu não me importo. Se é pelas crianças, eu carregarei essa desonra nas costas.”

“Mas essa desonra não vai cair apenas sobre você, Ruijerd-san, mas também para a raça Supard.”

“Mu[5].... Mas... Mas sabe?!”


Não faça essa cara.

Eu não disse que não vamos salvá-los, disse?


Talvez eu meio que tenha dito.

Mas entenda, se você não consegue aturar algo, apenas diga.

Diga que quer sair do caminho para salvar algumas crianças.

Nós te ouviríamos e te ajudaríamos.


“Está tudo bem salvá-los, mas seria um problema se um escapasse e informasse sobre o ocorrido.”

“Rudeus…!”


Depois de ouvir as minhas palavras, a cara do Ruijerd estava repleta de orgulho.


Dessa vez, vamos deixar o Ruijerd fazer como quiser.

Ele esteve se segurando por uma semana.

Ele deve ter rancor acumulado.


Mesmo que diga isso, se um conseguir escapar, a informação de alguém da raça Supard saindo do controle vazaria nessa organização.

Nossos nomes, aqueles que ousaram transportar tal coisa será lembrado.


Para os clientes que ousarem trair os contrabandistas, eles vão contratar assassinos famosos para irem atrás deles.

E uma cruel morte os esperará.

Foi isso que o intermediário nos disse.


Algo como assassino não é nada contato que o Ruijerd esteja conosco.

Entretanto, não seria nada confortável dormir enquanto é caçado.

E também, não há garantia que o Ruijerd sempre com a gente.


Agora, como devemos prevenir vazamento de informações?


“Quanto a isso, você não precisa se preocupar.”

“Você tem um plano?”

“Todas as pessoas aqui, eu não deixarei um sequer fugir. Será um massacre.”


Caramba, como esperado do Ruijerd.

Palavras de confiança.

Certamente se você acabar com todos eles resolveria o problema.

Embora eu ache isso um pouco precipitado.


“Eles são inimigos que você não pode perdoar?”

“Sim, ao ponto de eu estar prestes a estourar a qualquer momento.”


Ruijerd está extremamente irritado.

O que, o que diabos vocês fizeram, contrabandistas?


“Você se importa se eu perguntar o que aconteceu?”

“Você vai entender quando ver as crianças.”


Eu vou entender quando ver com meus próprios olhos...


“Também tem a opção de voltar mais tarde e salvá-las...”

“De acordo com o que ouvi. Eles planejam levar as crianças para um barco e transportá-las para o Continente Mágico amanhã.”


Então não pode ser amanhã, huh.

Entretanto, um massacre...

Massacre é um pouco...

Deve ter algum outro método.

Um método mais inteligente e que não envolva matar.


“Fique tranqüilo, você não precisa sujar as mãos.”


Eu parei ao ouvir essas palavras.


“Não...”


As palavras do Ruijerd eram como espinhos que perfuravam meu coração.


“Eu... eu também vou fazer isso?”


Sim.

Eu evitei assassinar nesse último ano.


Eu já matei inúmeros monstros.

E até mesmo monstros com aparências de humanos.


Mas, eu nunca matei uma pessoa.

Também é porque eu nunca precisei fazer isso.

E por ter várias conseqüências para caso eu fizesse.

Mas, na verdade, eu nunca nem mesmo pensei em assassinar alguém.


O mundo é cruel.

É um mundo onde pessoas se matam diariamente.

Algum dia eu também vou ter que matar alguém.

É quase certo que vai acontecer algum dia.

Eu estou preparado para isso.

Eu estou pronto para isso.

É essa a intenção.


Se você perguntar o que fiz até agora, eu só ajustei o poder da bala de pedra[6].

Para não ser o suficiente para matar uma pessoa, eu apenas reduzi seu poder.


No fim, parece que eu tenho algo contra matar pessoas.

Eu posso fazer várias desculpas em cima disso, mas eu apenas não quero quebrar esse tabu.

Eu não tenho determinação para isso.


E o Ruijerd conseguiu descobrir isso.


É por isso que ele foi direto ao ponto dizendo isso.

Ele está me ajudando a preservar minha paz de espírito.


“Não faça essa cara. Essas suas duas mãos existem com o propósito de proteger a Eris.”


Bem, eu acho que está tudo bem.

Eu não vou me sobrecarregar e me forçar a matar alguém.

Por hora, eu vou aceitar sua ajuda.

Se o Ruijerd consegue fazer tudo sozinho, então eu vou deixá-lo fazer.

Está tudo bem ser incompetente.

Eu vou fazer o que consigo fazer.


“Certo. Então, eu vou libertar as crianças. Você sabe onde elas estão?”

“No segundo quarto depois desse. São 7 no total.”

“Entendido. Por favor, junte os corpos em algum lugar. Pois depois eu vou queimar todos de uma só vez.”

“Certo.”


Eu silenciosamente removi as algemas do Ruijerd.

E ele lentamente se levantou, enquanto estalava os ombros.


“Ei, você! Como removeu as algemas?!”


O cara do moicano estava entrando em pânico.


“Está tudo bem. Ele vai ouvir tudo o que eu dizer.”

“Sé... sério?”


Depois de me ouvir, ele fez uma expressão de alívio.

Enquanto eu entregava a lança para o Ruijerd.


“Mas isso não significa que ele não vai sair do controle.”

“Eh?”


"É um demônio! Aaah, demôooonio!"


Ele foi a primeira vítima.

Depois do Ruijerd silenciosamente acabar com o cara do moicano, ele subiu as escadas sem fazer som.

E eu fui para o lado contrário.

Eu me dirigi para o quarto onde as crianças eram mantidas em cativeiro.


"Gyaaaa!"

“Su... Supard! Ele está sem algemas!”

“Merda! Ele até mesmo esta com uma lança!”

“É um demônio! Aaah, demôooonio!"


Eu comecei a ouvir essas vozes vindas do primeiro andar quando cheguei na porta.


Nessa noite, o Ruijerd tem sede, sede de sangue.

Brincadeira.


Pensando bem.

Aqueles que raptaram devem ser pessoas diferentes, não é como se os contrabandistas fossem os errados, certo?


Eles apenas tiveram má sorte.





Notas de Tradução e Referências[edit]

  1. Don’t count the chicken before they hatch (provérbio, mas que quer dizer a mesma coisa)
  2. aparentemente referência a Hokuto no Ken (Peguei a referência na tradução em espanhol)
  3. (渚のジェーン) (Litoral/praia da Jean/Jane/Jen ou etc), talvez seja referência a algo
  4. acho que é um tipo de alga (https://en.wikipedia.org/wiki/Marimo), se você assiste one piece, é como o Sanji geralmente chama o Zoro.
  5. som de frustração
  6. rock bullet/ Iwa hōdan no (岩砲弾の)
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