Owarimonogatari: Volume 3 ~Brazilian Portuguese~/Inferno Mayoi/006

From Baka-Tsuki
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006[edit]

“Sh... Shinobu!”

Eu corro em direção a ela. Eu não tenho que parar para pensar sobre isso — no minuto que eu a vejo, eu simplesmente começo a correr. Eu não tenho a compostura para considerar por que ela está aqui, ou por que meu encontro fatídico com ela daquelas Férias de Primavera está sendo recriado neste Inferno — eu simplesmente corro.

Correr em direção a ela... e depois fazer o quê? Agora que penso nisso, não faço ideia.

Independente disso, apesar disso, sem poupar um pensamento quanto ao que vem em seguida. Será que eu perdi minha cabeça? Eu estava tão convencido de que me arrependia profundamente das ações que havia tomado... Eu certamente não me esqueci da tragédia da qual fui testemunha após eu ter sido cativado pela beleza dela e imprudentemente me apressado para salvá-la, me esqueci? Mas apesar disso, eu corro até ela — ou, mais especificamente, eu tento correr até ela.

Nossos olhos se encontram.

Isto é, no momento em que eu penso que eles se encontram... Kiss-Shot Acerola-Orion Heart-Under-Blade — enquanto mostra um sorriso ainda mais aterrorizador do que o estado na qual ela foi deixada — desaparece.

Ela some.

No mesmo momento, como se tivesse ido embora junto com ela, a escuridão no céu se dissipa, e o cenário que tinha espontaneamente mudado espontaneamente volta a ser como era antes. Essa estrada da meia-noite aparatosa, quase como um cenário que foi preparado especialmente para ela, volta a ser uma velha rua normal.

“...”

Uma alucinação? Uma ilusão de ótica? Uma miragem?

Não, de jeito nenhum... Eu não alucinaria no Inferno. Quanto mais sobre o fantasma de uma vampira.

A possibilidade de que Gaen-san assassinou a Shinobu com a “Kokorowatari” após ter acabado comigo, e por isso que ela estava naquela condição, passa pela minha mente... Mas se bem me lembro, não é possível para uma vampira genuína acabar no Inferno. A não ser como um dos demônios do Inferno, talvez...

Então, qual foi a disso tudo agora?

“O seu corpo se moveu sozinho, Araragi-san?”

Hachikuji se apressa à frente para me alcançar após eu ter corrido sozinho. Ela não parece nada surpresa pelo que acabou de acontecer — é quase como se ela tivesse visto isso vindo antes do tempo.

Ela viu mesmo isso vindo. Ou eu deveria dizer, ela sabia? Contaram a ela.

“Que estranho. Com o quanto você profundamente se arrependeu de ter salvado a Shinobu-san durante as Férias de Primavera, por que você tentou repetir o mesmo curso de ação quando perante a mesma situação?”

“Bem... uh, quer dizer, não sei como explicar isso além do meu corpo se mover sozinho...”

Hachikuji não parecia particularmente me criticar quando disse aquilo, mas eu instintivamente comecei a tentar me justificar, apesar disso.

“B-bem, só porque eu corri até ela não significa necessariamente que eu iria salvar ela como eu fiz antes. Nunca se sabe, eu poderia ter apenas corrido pra dar a ela o golpe final.”

“Essa é uma mentira óbvia o suficiente para que até mesmo uma criança veja através dela... Não se esqueça de que este é o Inferno. Vá contando mentiras por aí e você pode ter sua língua arrancada.”

Hachikuji diz isso provocativamente enquanto caminha à frente de mim — e lidera o caminho. Afobado, eu a sigo.

“... Bem, mesmo que você deixe a opção de retirá-la de sua miséria de lado...”

Talvez se eu tivesse feito aquilo, isso providenciaria alguma forma de salvação àquela vampira nobre com um desejo de morte — e ainda assim, deixando essa opção de lado...

“Mesmo agora, eu penso no que teria acontecido se eu só tivesse ignorado a Shinobu naquela hora... Se eu só tivesse corrido, assustado pela vista daquela beleza ensanguentada. Eu visiono isso nos meus sonhos.”

Eu nunca pensei que teria visionado isso no Inferno, no entanto.

Em vez de encontrar um Buda no Inferno, encontrei um demônio — bem literalmente.[1]

“Agora que penso nisso, o primeiro servo da Shinobu tinha sido reunido nesta cidade como uma nuvem de cinzas nesse ponto... Nunca se sabe — talvez bem quando a Shinobu estava prestes a ser morta por aqueles três caçadores de vampiros, o guerreiro de armadura teria completado sua ressurreição e trazido de volta à vida em resposta à crise de sua mestra. Se isso tivesse acontecido... talvez esses dois, que se separaram em termos tão ruins, teriam finalmente tido a chance de se reconciliarem 400 anos depois.”

Essa história sim parece boa demais para ser verdade.”

“É. E eu poderia ter sido aquele a parar essa esperança tola de se tornar realidade... Quando penso nisso assim, é o suficiente pra me deixar louco.”

“Por aqui.”

É difícil dizer se a Hachikuji está realmente escutando o que estou dizendo — ou melhor, do que estou reclamando — pela maneira que ela apenas continua seguindo em frente. Pela sua história de fundo, parece que ela não se encaixa muito em interpretar o papel de uma guia. Já que ela vai me trazer de volta à vida, não tenho escolha senão seguir atrás dela como um patinho bebê, mas se ela não pode me guiar junto um pouco mais gentilmente, eu nunca vou ter um entendimento do que está acontecendo.

Como prova concreta do comportamento ruim dela como uma guia, o próximo lugar no qual ela coloca um pé é um para o qual você nunca erroneamente vagaria enquanto passeia pela cidade: o interior do Colegial Naoetsu. Não importa em que direção você ande, não tem como uma calçada poderia levar diretamente para dentro do corredor de uma escola — não, sério, isso está ficando louco. Isso não pode ser explicado simplesmente como “ter ficado perdido”.

Embora eu ache que as coisas já estivessem loucas o suficiente quando o dia mudou para a noite num instante...

“Então esta é a sua escola, não é...? Bem, para ser precisa, imagino que seja somente uma recriação dela. Ainda assim, eu posso ter vagado por toda a nossa cidade, mas corredores escolares é um terreno um pouco sagrado para mim. Esta é a primeira vez em que eu alguma vez coloquei um pé dentro de um colegial. Se um dos professores me parar, podem gritar comigo.”

“Eu acho que seria eu a ficar encrencado se um professor me visse levando uma garota de 10 anos de idade por aí... Os exames seriam o menor dos meus problemas...”

Eu seria confrontado com uma investigação, em vez de um exame. Deus me livre.

Dito isto, não parece existir nenhum demônio aqui no Avicii, quanto mais outros pecadores, então eu duvido altamente de que nos depararemos com algum professor... Ainda assim, me pergunto qual é o sentido de ter um Inferno inabitado. Talvez eles tenham mudado o sistema, e agora o Avicii é um Inferno projetado para dar aos pecadores um sabor da verdadeira solidão? Isso daria um Inferno razoavelmente desagradável, mas já que a Hachikuji veio me pegar, já foi transformado em algo como um paraíso... Foi me dado um mentor em vez de um atormentador, talvez.

“Mas por que o caminho levou direto à minha escola? Não consigo mais ver a rua pela qual a gente acabou de vir também. Só tem os velhos corredores normais...”

“Um caminho pode levar a qualquer lugar, entende.”

“Hmm... Mas...”

“Oh, céus, Araragi-san. Há um pervertido vindo por aqui. Tome cuidado.”

“Um pervertido? Isso parece grave. Rápido, Hachikuji, fique dentro de mim — quero dizer, fique atrás de mim!”

“Você acabou de dizer ‘fique dentro de mim’ na primeira vez.”

Nós nos refugiamos numa sala de aula próxima para evitar o pervertido que vem em nosso caminho, mas o suposto “pervertido” que caminha pelo corredor vazio parece não ser ninguém mais além de mim. Koyomi Araragi.

Nesse caso, ele dificilmente é um pervertido — ele é um cavalheiro bonito. A Hachikuji só estava vendo coisas?

Enquanto pensamentos estúpidos do tipo passam pela minha cabeça, eu percebo outra pessoa caminhando ao lado de “mim”. É Tsubasa Hanekawa — e a versão antiga dela, para começo. É Tsubasa Hanekawa, usando óculos e uma trança.

O cabelo dela está amarrado em uma trança, em vez de duas, então é a versão muito, muito antiga dela. Na realidade, Koyomi Araragi não caminhou lado-a-lado nenhuma vez com uma Tsubasa Hanekawa de uma única trança pelos corredores do Colegial Naoetsu. Depois que as Férias de Primavera terminaram, Hanekawa repartiu seu cabelo em duas tranças — e nos últimos dias, não só ela deixou de usar óculos e cortou seu cabelo, mas seu cabelo está colorido em listras de tigre preto-e-branco. Mas independente disso, a Hanekawa é a Hanekawa — não há erro disso.

... Mas, hmm, sabe...

Araragi-kun, você sempre faz uma cara tão boba assim quando fala com a Hanekawa...? Eu sempre pensei que parecia mais dignificado, mas isso é o mais longe disso que se pode estar.

Enquanto penso nisso, perco os dois de vista. Eles podem ter entrado numa sala de aula para ter algum tipo de reunião como presidente de classe e vice-presidente. Talvez uma reunião sobre o festival escolar ou algo assim.

“Você poderia dizer que a sua vida descendeu em caos desde que salvou a Shinobu-san... mas o seu encontro com a Hanekawa-san logo antes disso foi um ponto de virada tão grande quanto. Ela causou um impacto enorme na sua vida. O que você pensa disso?” Hachikuji pergunta, de repente. Foi tão do nada que me levou um momento para entender onde ela estava tentando chegar — mas o que diabos? Noutras palavras, ela está me perguntando se eu estaria melhor se nunca tivesse encontrado a Hanekawa?

“Se me recordo, a Hanekawa-san foi aquela que instigou seu encontro com a Shinobu-san... Além do mais, você foi pessoalmente atirado no espremedor duas vezes pelas mãos da Black Hanekawa.”

“...”

“Se você não tivesse se tornado amigo da Hanekawa-san, você não teria sido envolvido em todos esses problemas... ou, pelo menos, ninguém poderia lhe culpar se você pensasse nisso dessa maneira.”

“... Bem, não vou negar que passei por um bocado por causa da Hanekawa. Graças àquela garota que só sabe o que sabe expor verdades que não precisavam ser expostas e se esquecer de verdades das quais não deveria ter esquecido, a gente acabou passando por alguns atalhos perigosos e fazendo alguns desvios insondáveis... Mas ainda assim.”

Se qualquer um além da Hachikuji tivesse citado isso, uma pergunta como essa poderia ter sido o suficiente para me fazer me perder em raiva. Mas já que é a Hachikuji que está perguntando, sou capaz de respondê-la de uma maneira incrivelmente calma e racional.

Sem me perder.

Sou capaz de respondê-la como eu.

“Ainda sou genuinamente grato por termos nos tornado amigos.”

“...”

“Acho que posso ver aonde essa nossa jornada espiritual tá indo... Então, o que vem por aí? A gente deveria ir seguir esses dois?”

“Hmm... Não há realmente um curso definido que nós temos que seguir, mas nós podemos fazê-lo, imagino. Por aqui. Se ligarmos isso à história de Alice no País das Maravilhas, eu seria o coelho segurando o relógio de bolso.”

“País das Maravilhas, hein...?”

A essa altura, aqui realmente parece mais o País das Maravilhas do que o Inferno — embora eu não me lembre do livro original tão bem, então eu posso estar equivocado nessa.

Ela disse que eles eram recriações. Parque “Rouhaku” — e Colegial Naoetsu.

Recriações e reconstituições.

É uma reconstituição de tudo desde as Férias de Primavera até este ponto — eu sigo atrás da Hachikuji e saio da sala de aula, mas a dupla de Koyomi Araragi-kun e Tsubasa Hanekawa-san já desapareceu de vista sem nenhum sinal de para onde eles foram.

Se quisermos os seguir, temos que subir as escadas. Não importa que tipo de reunião eles estejam planejando ter, eles certamente a terão na nossa sala de aula, no terceiro andar — enquanto penso nisso, meu olhar passa para por cima da escadaria.

E então.

Eu vejo uma garota do colegial congelada em meio ao ar. A pose dela poderia passar a alguém a impressão de que está voando pelo céu, mas aquela garota suspendida em movimento congelado é alguém que conheço bem.

“Senjougahara...”

“Eu diria que você também teve a opção de não segurar a Senjougahara-san quando ela perdeu seu equilíbrio aqui... Certamente não era uma decisão tão pressionada quanto escolher salvar ou não uma garota jovem e bonita morrendo no chão do corredor ou o que você tem. Segurar alguém em queda livre põe você em uma posição consideravelmente perigosa — e dependendo de como você a segura, pode acabar machucando a outra pessoa também. Mesmo que você tivesse simplesmente saído do caminho, a Senjougahara-san não tinha nenhum peso corporal naquele tempo, então ela provavelmente não teria sido machucada. Aparentemente, animais particularmente leves e insetos não se machucam mesmo que caiam de uma grande altura — tipo isso.”

“...”

“Mas, claro...”

“Eu a seguraria. Eu vou segurar a Senjougahara quando ela cair — em cada e toda vez.”

Ela me disse que é grata por ter sido eu que a segurou naquela hora — então eu me sinto da mesma maneira. Sou realmente grato por ter sido aquele a segurá-la. Foi só uma coincidência, um produto do acaso — mas nesse caso, não sou avertido a chamar essa coincidência de um ato do destino.

Eu até diria que é a minha chamada.

“... Hipoteticamente,” diz Hachikuji, sem qualquer peso particular em suas palavras, enquanto sobe pelas escadas, passando por Senjougahara, que ainda está presa na sua pose em meio a sua queda excessivamente esquisita — de queda suspendida. “Se você não tivesse segurado a Senjougahara-san nessa hora... Hmm, imaginemos que, mesmo que ela tivesse sido levemente machucada, não fosse nada grave. E digamos que, após isso, ela continuou a viver sua vida como esteve a vivendo — séria, afiada e segurada em seu orgulho. Em pouco tempo, aquele vigarista viria a esta cidade, não viria?”

“O vigarista... Deishuu Kaiki.”

“Correto. O destino deles está interconectado — e talvez esse destino os levasse a uma confrontação. Você evitou essa confrontação destinada deles quando ela estava prestes a se tornar realidade durante as Férias de Verão... Mas se você não tivesse ficado no caminho — se não tivesse havido um namorado para se meter — me pergunto o que teria acontecido.”

“O que você quer dizer com isso...?”

“Talvez eles pudessem voltar a ficar juntos. A Senjougahara-san tenta esconder isso, mas tenho certeza de que você adivinhou que houve algo entre eles no passado,” diz Hachikuji.

Eu imito a Hachikuji e passo pela Senjougahara.

Mesmo que ela esteja completamente congelada, essa é uma posição terrivelmente precária na qual deixá-la, então sinto que deveria reuni-la em meus braços e movê-la para algum outro lugar; mas não sei, tenho medo de que, no momento em que eu a tocá-la, isso quebraria o equilíbrio dela...

“Se as coisas tivessem acontecido diferentemente, essas cinzas poderiam ter iniciado uma chama — quando você pensa nisso dessa maneira, tanto a vida quanto o amor verdadeiramente têm uma vontade própria.”

“Não fale sobre amor. Não é credível vindo de você.”

“Oh, céus. Devo levar isso como um inquérito indireto quanto a minha vida amorosa? Você claramente não sabe o quão longe estudantes do primário vão uns com os outros nestes dias.”

“Eu realmente não quero saber... e eu seriamente não quero ouvir sobre a sua vida amorosa.”

“Então o que você acha, Araragi-san? E se foi você que ficou no caminho do romance da Senjougahara-san e do Kaiki-san?”

“O que eu acho? Que ele mereceu, é óbvio.”

A situação dele é bem diferente da do Primeiro. Isso não é algo do qual posso falar sobre com a Senjougahara, no entanto...

“É verdade que ele ajudou a resolver a situação com a Sengoku... mas aquilo não teve nada a ver com isso. É completamente não relacionado. Eu ainda genuinamente desejo que nunca tivesse o encontrado.”

“Hah. Claro, é algo destinado que existem algumas pessoas assim na sua vida — nem todo mundo pode se dar bem, afinal. Tudo bem, então, já que você acabou de citá-la, por que não terminamos fazendo nosso caminho até a Sengoku-san? Vamos bon voyage.”

“’Vamos bon voyage’...? Isso deixa o significado claro, então é difícil corrigir você nisso. Hm... hein? E quanto à Kanbaru?”

“Hm?”

“Como eu disse, Kanbaru... Suruga Kanbaru.”

Tinha percebido que esse tour em forma de redemoinho, começando do Parque “Rouhaku” e indo para quem-sabe-onde, era uma forma de julgamento no Inferno — algo como o Espelho Johari. Sabe, aquele espelho que reflete de volta todas as ações que você tomou quando estava vivo (fonte: Tsubasa Hanekawa).[2] Assumi que foi por isso que eu estava olhando de volta todas as minhas ações, ou talvez todas as coisas que aconteceram a mim — todas as coisas que me assaltaram — neste tipo de peregrinação em miniatura.

Nós começamos com Kiss-Shot Acerola-Orion Heart-Under-Blade das Férias de Primavera, fomos para Tsubasa Hanekawa durante a Golden Week, e então fomos para Hitagi Senjougahara quando as aulas começaram novamente. Mayoi Hachikuji já está de pé logo ao meu lado, então posso ver porque nós podemos simplesmente pular a vez dela; mas se nós deveríamos ir em ordem cronológica, eu me encontrei com Suruga Kanbaru antes de me cruzar com Nadeko Sengoku.

O Rei Enma supostamente julga os pecadores olhando no Espelho Johari, então o motivo pelo qual o Avicii parece tão manso no momento é simplesmente porque a minha punição ainda não foi decidida; ainda estou no processo de ser avaliado, então as chamas do julgamento ainda têm que descer sobre mim — ou essa é a explicação na qual eu cheguei após tudo isso.

Mas se essa explicação está correta, significa que serei sentenciado a cair pelas chamas do Inferno por 2,000 anos assim desta peregrinação terminar, então eu adoraria, de todas as maneiras, ser provado errado...

“Oh, certo. Veja bem, a Kanbaru-san é uma exceção.”

“Uma exceção?”

“Você poderia dizer que estamos pulando adiante, ou poderia dizer que perdemos um turno aqui... O caso da Kanbaru foi um pouco diferente do de todo mundo, afinal.”

“O caso dela foi diferente...?”

Isso parece mais como algo que se aplicaria à Sengoku, quem a Hachikuji acabou de propor vermos. A Kanbaru — ou melhor, a esquisitice no braço esquerdo dela — na verdade era bem padrão no que se refere às esquisitices...

“Oh, não, não tem nada a ver com a esquisitice em si. O problema aqui é como você se envolveu com isso. Era impossível para você ficar de fora do problema com a Kanbaru-san, não era?”

“... O que você quer dizer?”

“Foi a Kanbaru-san que se estabeleceu e começou a perseguir você naquela maneira assertiva registrada dela — e mais, ela foi lhe assassinar por seu próprio acordo. Não importa quantas vezes você se encontrasse perante a mesma situação, você não teria escolha senão lidar com o assunto,” responde Hachikuji, com exasperação em seu tom. Posso dizer que ela está silenciosamente adicionando coisas, “Ou o quê, você consideraria ‘desistir e deixá-la lhe matar’ como sendo uma de suas opções?”

... Hmm, ela tem um ponto.

As ações dela não poderiam ser tão simplesmente resumidas como "perseguição" e "tentativa de homicídio" — mas perante uma comunicadora especialista que é bem agressiva em sua abordagem com você, mudando as suas escolhas iniciais ou não, você ainda acabaria se envolvendo com ela no longo prazo.

Kanbaru teve a iniciativa.

Claro, se eu nunca tivesse escolhido namorar a Senjougahara em primeiro lugar, a Kanbaru subsequentemente não teria começado a me perseguir; mas desde que eu já declarei a minha intenção de segurar a Senjougahara em cada e toda vez que ela perder o seu equilíbrio, a minha relação com a Kanbaru é praticamente tão inevitável quanto um laço familiar.

Nesse sentido, consigo entender por que a Sengoku seria nossa última parada — não haveria nenhum sentido em ver a Karen e a Tsukihi. Ainda assim, mesmo sabendo da lógica por trás disso, não parece certo simplesmente deixar a Kanbaru de fora. Ela pode ser um pouco diferente do resto, mas não quero que pareça que estou excluindo uma amada amiga minha.

"Mas, sabe, a personalidade da Kanbaru é bem única dentre o Harém do Araragi. Sinceramente, parece um pouco milagroso que vocês dois se deem tão bem. Você é como um estado isolado quando o assunto é relações interpessoais, e ela é como um paraíso fiscal — o que você dois têm tanto em comum?"

"Um paraíso fiscal...?"

Um paraíso, hein?

Mas ela não é alguém tão naturalmente animada realmente — ela tem muitos problemas próprios com os quais tem que lidar. Do contrário... ela nunca faria um desejo à Pata do Macaco.

"A criação dela foi bem única também."

"Ah, foi?"

"É. Eu lhe contei sobre isso, não contei? Os pais dela saíram em uma fuga romântica — e após isso..."

E assim, quando ela era uma garotinha, a Kanbaru não foi criada nem como parte da família Kanbaru, nem como parte da família Gaen. Ela nunca soube da sua "linhagem". E é por esse motivo que ela não tem nenhum laço com a sua tia, Gaen-san. No agosto do ano passado, a Gaen-san envolveu a Kanbaru num trabalho dela, e mesmo naquela época, ela nunca revelou sua própria identidade para a filha de sua irmã.

"Hmm. A vida realmente é difícil, se alguém com a mentalidade e físico da Kanbaru-san ainda pode sentir que as coisas não estão dando certo. Nesse caso, tenho que me perguntar se existe alguém no mundo que realmente sente que sua vida está indo exatamente de acordo com o que quer."

"Não sei... Se nos aprofundarmos demais aqui, esta discussão vai ficar um pouco pesada pra um estudante do ensino médio como eu. Mas, pelo menos, eu diria que todo mundo tem algum tipo de estresse com o qual têm de lidar."

Contudo, não posso negar que parte dessa conjetura é baseada no desejo invejoso de que até mesmo as pessoas que se sobressaem têm que sofrer um pouco. Embora, claro, se alguém reclamasse sobre como "ah, caaara, estou tendo tanto problemas salvando dez bilhões de ienes, isso é horrível, estou totalmente estressado", seria realmente difícil simpatizar com essa pessoa...

"Embora, por essa lógica, alguém poderia considerar as suas preocupações como sendo relativamente triviais também. Você esteve sendo absurdamente abençoado — ou devo dizer, você recebeu tratamentos absurdamente especiais enquanto se esforçava para fazer seus exames."

"Bem, é. Não posso dizer nada quanto a isso."

"Você pode dar a isso alguma consideração apropriada quando estiver dentre o mundo dos vivos novamente. Você terá bastante tempo para pensar nisso."

Enquanto diz isso, Hachikuji rodopia sobre a aterragem da escadaria, então começa a seguir para o próximo andar — ou assim parecia, mas antes que eu percebesse, nós não estávamos mais subindo as escadas do Colegial Naoetsu. Nós estávamos subitamente cercados por um novo cenário, numa escadaria enterrada profundamente dentre uma montanha íngreme. É uma escadaria que, ultimamente, atravessei mais frequentemente que as escadas da escola.

É o conjunto de escadas longamente sinuosas que leva ao Templo Kita-Shirahebi.

Isso é mais parecido com uma distorção do que uma teleportação — é como se o espaço ao nosso redor fosse distorcido. É uma mudança de cena um pouco mais reminiscente de uma literatura fantástica genuína do que de uma história mágica para jovens adultos — e isso nem mesmo me surpreende mais. Eu me tornei entorpecido a isso... ou talvez seja mais certo dizer que me acostumei a isso.

É bem estranho dizer que me acostumei ao Inferno... mas de qualquer forma, me lembrei agora. Antes, em Junho, eu passei por Nadeko Sengoku nessas mesmas escadas... Se nada disso tem algo a ver com o Espelho Johari, parece possível que eu esteja apenas assistindo a minha vida passar pelos meus olhos após morrer pelas mãos da Gaen-san.

Talvez eu esteja somente olhando de volta para tudo que eu fiz — e do que me arrependo.

... É, isso mesmo.

Em relação à Shinobu, em relação à Hanekawa, em relação à Senjougahara e, claro, em relação à Hachikuji, eu sei que tomaria o mesmo curso de ação não importa quantas vezes eu seja confrontado pela mesma situação — mas ainda não posso negar que desejo ter feito um trabalho melhor.

"Você fez um trabalho perfeitamente bom, Araragi-san. No meu caso, pelo menos."

"Ouvir você dizer isso me faz mesmo me sentir melhor — mas, no mínimo, eu falhei em relação à Sengoku."

"Verdade o bastante. E ter o seu arqui-inimigo, aquele vigarista, de todas as pessoas, ser aquele a limpar a sua sujeira deve ter sido verdadeiramente humilhante."

"É, e então..."

Começo a dizer enquanto continuo a subir as escadas — e então, como esperado, ou talvez como devesse ser, Sengoku vem fazendo seu caminho escada abaixo do topo da montanha: uma pequena garota vestindo um bolsa de cintura, com um chapéu completamente puxado para baixo sobre os seus olhos. Ela corre montanha abaixo com pressa, como se estivesse fugindo de algo. E essa é uma maneira precisa de se descrever como ela se sentia na época.

Ela estava fugindo.

Ela queria fugir.

... Claro, nesse ponto — não na recriação dele agora, mas na montanha de verdade, quando eu passei por Nadeko Sengoku — eu ainda não tinha percebido quem ela era.

Eu não entendia pelo que ela estava passando

Se existe alguma coisa que eu "gostaria de ter feito melhor" em relação a Nadeko Sengoku, talvez fosse algo a ver com isso...

"Será mesmo. Acho que você espera demais de si mesmo. Você não é onipotente, entende. Você deve entrar em acordo com isso, tal como a Hanekawa-san fez."

"Se eu estivesse em qualquer lugar próximo do nível da Hanekawa, tenho certeza de que teria a humildade de me rebaixar também — mas quando se é que nem eu, não se pode evitar demandar um pouco mais de si mesmo."

"Sengoku-san tinha se envolvido em uma briga com seu amigo, não tinha?"

"É, foi isso que aconteceu... Embora a raiz do problema posse ter sido esses 'amuletos' que um certo vigarista circulou para um lucro rápido..."

Não.

Os 'amuletos' em si não tiveram importância no longo prazo. A raiz do problema ia muito mais profundo do que isso...

"Ainda tem a questão de se você pode chamar alguém que coloca uma cobra amaldiçoada em você de um 'amigo'. Eu me lembro de que o Oshino tinha algo a dizer sobre isso também. 'É por isso que não faço amigos', ou algo do tipo."

"Isso certamente é alguma filosofia... Bem, a Sengoku-san pode ter errado, mas não dizem que os problemas nos quais você entra durante o primário e o fundamental darão boas memórias quando você ficar mais velho?"

"Não tenho certeza disso. Eu diria que traumas da infância grudam em você o suficiente pra continuarem a te arrastarem pra baixo mesmo após você se tornar um adulto. Quero dizer, não sou um adulto ainda, então não posso dizer com certeza... Mas o jeito com que eu estraguei as coisas com a Oikura no primário e no fundamental não é nada além de uma memória dolorosa pra mim agora."

"Oikura-san..."

"Oh... Isso mesmo. Foi depois de nós termos partido caminhos que a Oikura voltou pra escola. Você já ouviu alguma coisa sobre ela? Sabe, 'daquela pessoa'."

"Bem, sim, um pouco... Mas ela e eu nunca nos encontramos de verdade. É difícil ter um entendimento de como ela realmente é através de um jogo glorificado de 'Telefone'. Eu sei o que sei, e esse é o fim disso," diz Hachikuji.

Essa fala teria sido o argumento definitivo se a Hanekawa tivesse dito ela, mas, lamentavelmente, quando a Hachikuji a diz, o conhecimento dela realmente se sai como superficial.

... Mas, espera, ela disse "Telefone"? Se ela realmente ouviu tudo isso diretamente da Gaen-san, não acho que ela usaria uma metáfora como essa... Faz parecer como se houvesse alguém mais agindo como um intermediário entre elas.

Estou lendo isso longe demais?

"Vindo a pensar nisso, você cresceu em um ambiente doméstico absurdamente único, Araragi-san. Eu ouvi um pouco disso tudo também — sobre como os seus pais frequentemente providenciariam abrigo para crianças desafortunadas, como você passou muitos dos seus dias de primário ao redor dessas crianças, coisas do tipo. Talvez foi esse ambiente que deu luz ao senso forte de justiça que você e as Irmãs de Fogo compartilham."

"... Pensando nisso agora, a Sengoku pode ter sido alguém assim pra Tsukihi-chan também. Não que a Sengoku tivesse quaisquer problemas em casa ou algo assim..."

"Você realmente acha que existe um família por aí que não tem nenhum problema mesmo? Somente alguém que é parte de um lar sabe como ele é por dentro, afinal. Apesar de que, para que saiba, a sua relação com as suas irmãs é bem desconcertante para uma organização de terceiros."

"Não leve uma organização terceira a investigar isso. Só deixe isso no 'terceiros'."

Enquanto conversamos, a Sengoku caminha bem depois de nós — sem parecer se importar conosco. Essa é apenas uma recriação, então imagino que é inteiramente possível que ela simplesmente não consiga nos ver... Hmm, quando isso realmente aconteceu, a Sengoku percebeu que eu estava ali? Não consigo me lembrar. Mesmo se ela tivesse me reconhecido, não era uma situação em que ela facilmente poderia me chamar, e eu estava com a Kanbaru no momento...

De todo jeito.

Perder minha chance de chamar a Sengoku aqui... é outra "repetição". Um pouco depois — no dia seguinte, eu acho — em troca, acabei a seguindo após tê-la visto na livraria...

"... Bem, eu posso ter falhado, mas também realmente não consigo pensar num jeito melhor com qual eu poderia ter lidado com isso. Eu não tava em nenhum perigo eu mesmo, mas ainda era um assunto bem urgente com o qual se lidar."

"Verdade o bastante. Nós frequentemente pensamos em situações hipotéticas nas quais poderíamos 'recomeçar nossas vidas', mas se isso realmente ocorresse, é provável que nós simplesmente acabássemos repetindo as mesmas ações de novo e de novo. E aqui eu pensava que poderíamos ser capazes de nos envolvermos em um desses loops temporais que são um furor ultimamente."

"Não, essa mania acabou agora..."

"As tendências circulam de volta. Esse sim é um loop de verdade. As pessoas frequentemente dizem que a história se repete também."

"A gente passou todo esse tempo falando de mim, mas e quanto a você? Se fosse você — se você pudesse recomeçar a sua vida, o que você iria querer fazer de jeito diferente?"

"Hmm, me pergunto sobre isso. Imagino que, no passado, eu queria reparar a relação entre a minha mãe e o meu pai. Contudo, quando penso nisso agora, não tenho certeza de que seria certo os juntar novamente após terem falhado. É triste que eles tenham terminado por uma emoção passageira, mas seria um problema por si só se eles voltassem a ficar juntos por outra emoção passageira."

"... Sabe, se a gente for pelo que você tá dizendo, não teria nenhum espaço pra se construir relações entre pessoas em primeiro lugar."

"Como a filha deles, tenho mesmo que reclamar que, se eles iriam se divorciar, desejo que eles nunca tivessem se casado em primeiro lugar — mas então imagino que eu não existiria. Bem, percebo que esse é um argumento bem extremo."

"..."

"Imagino que, no fim das contas, as pessoas simplesmente têm que jogar com a mão que lhes foi dada. O mesmo vale para você. Em cada e toda vez, você lutou com tudo que tinha — e então, mesmo quando você olha para isso de volta agora, não importa quantas vezes você as repetisse, provavelmente apenas faria as mesmas coisas de novo e de novo."

"Mesmo se você não tomou o curso de ação mais apropriado, você tomou o 'melhor'."

É isso que ela diz.

"Além disso... No que se refere à questão da Sengoku-san, acredito que houve um bocado de interferência exterior. Houve abalos posteriores... Imagino que você poderia dizer."

"...? Interferência exterior? Abalos posteriores?"

"Certo, imagino que você não seria capaz de entender essa parte. Nesse caso, não se importe com isso. Eu simplesmente quis dizer que, se você tenta fazer demais, há sempre uma represália."

"Ei, na verdade," comecei a perguntar, achando isso estranho, "Por que ainda estamos subindo esta montanha? A gente acabou de passar pela Sengoku, que você disse ser a última, então a gente não fez tudo que deveria nesta jornada espiritual? Não alcançamos a linha de chegada da peregrinação?"

"Não, não. Eu já lhe contei qual o objetivo da Peregrinação dos 89 Templos de Mayoi Hachikuji é: trazer-lhe de volta à vida.[3] Nós não podemos parar aqui — na verdade, seria correto dizer que tudo até agora tinha sido apenas um desvio."

"Um desvio?"

"Você poderia até mesmo dizer que estávamos perdidos."

"..."

"Não precisa se preocupar. Isto tudo é um tipo de ritual necessário — embora eu imagine que seja mais uma iniciação do que uma cerimônia."

"Quando você mencionou me trazer de volta à vida... Assumi que isso seria feito usando a espada que se opõe à lâmina demônio, 'Kokorowatari', a espada curta 'Yumewatari'... Eu tava errado?"

A Gaen-san me cortou com a lâmina demônio, "Kokorowatari". É uma espada que mata esquisitices, uma vez empunhada por um especialista em destroçá-las — uma espada que pode cortar coisas que não existem naturalmente, coisas que não deveriam existir.

A espada que fica em oposição a ela é a outra lâmina demônio, "Yumewatari". Se você tivesse que dar a ela um apelido que combinasse, seria a "ressuscitadora de esquisitices". É a segunda lâmina demônio, uma com o poder de "reviver" as esquisitices que foram mortas pela espada "Kokorowatari" — ou foi isso que ouvi da Shinobu.

Hipoteticamente, se o verdadeiro objetivo da Gaen-san — se o sentido por trás do barbarismo não característica dela era o de realmente "me matar e trazer de volta à vida"... Assumi que a única maneira que ela poderia fazer isso seria usando a "ressuscitadora de esquisitices".

Claro, não tenho ideia de como a Gaen-san poderia colocar as suas mãos numa espada que foi supostamente engolida pela "Escuridão" há centenas de anos... Mm, espera, alguém não mencionou algo sobre isso para mim uma vez? Minha memória está um pouco nebulosa...

"Não, você está correto. Contudo, essa é a parte da cerimônia que tem de ser realizada na Terra — nós temos nossa própria maneira de fazer as coisas aqui no Inferno."

"Você faz isso soar bem legal..."

Tudo que nós estamos fazendo é saindo para um passeio, no entanto.

Nós simplesmente estamos caminhando um ao lado do outro.

Caminhar com a Hachikuji assim me traz tantas memórias me deixa envolvida num tamanho estado de sonho que isto dificilmente se parece com a realidade — embora eu esteja no Inferno, então claro que não se pareceria com a realidade.

Ainda assim, não se parece com o Inferno também.

"De qualquer forma, não precisa se preocupar. Não há nenhuma provação pela qual você tenha que passar para retornar à vida, nem nenhum obstáculo que você tenha que superar. Não há nenhuma pegada a isso como 'Você não pode olhar para trás' também. A sua ressurreição já está 100% garantida, então simplesmente relaxe e se prepare para o que vem a seguir."

"..."

"Hm? O que foi? Essa é uma cara absurdamente terrível que você tem."

"Terrível...?"

Acho que você quis dizer "aborrecida".

Não, talvez "terrível" não seria totalmente errado — pelo menos, estou me sentindo bem terrível.

Por que, você pergunta? Porque enquanto subimos estas escadas para o Templo Kita-Shirahebi, a minha memória começa a lentamente, vagamente se juntar novamente — e se conectar a manhã de 13 de março, quando eu fui cortado em pedaços pela Gaen-san.

Sabendo disso, se segue que nós vamos subir as escadas por todo o caminho até o Templo Kita-Shirahebi, onde a Gaen-san estará esperando por mim, e ela irá me cortar mais uma vez usando a espada demoníaca "Yumewatari" para me reviver. Não estou exatamente animado quanto a ser cortado novamente. Estou um pouco nervoso sobre essa suposta maneira de se fazer as coisas no Inferno.

"Vindo a pensar nisso," Hachikuji fala. "A Ononoki-san está bem?"

"Mm?"

"Nós duas somos parentes, em certo sentido. Por conta disso, aquela pessoa teve o cuidado de falar muito pouco dela, mas vendo que eu devo muito a ela após toda sua ajuda durante o incidente com a 'Escuridão', eu esperava ser capaz de lhe perguntar sobre ela quando o visse."

"Ononoki-chan..."

Ah, é, isso mesmo.

A Hachikuji e a Ononoki-chan só tiveram a chance de interagirem durante os poucos dias do incidente da "Escuridão", mas talvez porque seja natural formar laços no caminho juntos, ou talvez porque elas tiveram algum tipo de entendimento mútuo como duas esquisitices da mesma geração, me recordo de que elas pareciam se dar especialmente bem. Um contraste completo com a Shinobu e a Ononoki-chan, que estão sempre pulando na garganta uma da outra.

... Claro, a Ononoki-chan é um pouco misteriosa, então mesmo que elas se "deem bem", ela ainda não é alguém com a qual baixar a sua guarda. Na verdade, enquanto ela salvou a minha vida tantas vezes agora que eu tendo a esquecer disso, quando nos encontramos pela primeira vez, éramos inimigos amargos. A Shinobu provavelmente é aquela em direito aqui por não baixar a sua hostilidade.

Sou eu que sou louco por viver junto com ela, apesar de tudo isso — sou eu aquele que deveria ser chamado de anormal. Sou eu aquele que deveria ser repreendido.

"É, ela tá indo bem — embora ela esteja morta, então eu não sei se 'bem' é realmente certo aqui. Ela ainda tá firme e forte, de todo jeito." "Entendo. Como aquela que a apontou como minha sucessora, é um alívio ouvir isso."

"A Ononoki-chan é a sua sucessora?"

"Sim. Oficialmente. Tenho certeza de que ela esteve participando de conversas-fiadas divertidas com você no meu lugar," diz Hachikuji, não parece necessariamente que ela esteja brincando também. "Durante aquela nossa jornada arriscada, pedi a ela para cuidar de você se qualquer coisa acontecesse a mim."

"Não fazia ideia de que vocês duas conversaram sobre algo assim..."

Não sei com certeza se a Ononoki-chan realmente levou essa conversa a sério, mas se ela realmente decidiu acatar esse "pedido", então ela já fez mais para cumpri-lo do que a Hachikuji provavelmente poderia ter imaginado. E não somente na fronte de conversa-fiada também.

"... Agora que penso nisso, a Ononoki-chan não tá inclusa no Tour dos 89 Templos, huh?"

"Por conta de restrições de tempo."

"É por causa das restrições de tempo?"

"Sim. Foi uma decisão difícil que a Hachikuji P teve de tomar.[4] Tudo bem, a Ononoki-san consegue muitas tomadas em close-up no anime, então tudo se equilibra."

"Essa aí não foi uma troca tão fechada..."

Troca fechada. Equilíbrio.

No minuto em que a palavra sai da minha boca, sou pego por ela. Não, em vez de ser pego por ela... Acho que se pode dizer que finalmente ocorre a mim — isto é, o que estava na ponta da minha língua quando a Hachikuji estava me contando tudo sobre isso de voltar à vida... Mesmo após terminarmos nosso tour, após ficar mais próximo da minha ressurreição por um segundo, eu não podia processar isso e colocar isso na minha cabeça. Mas assim que eu disse essa palavra, isso finalmente ficou claro para mim tão tarde na altura do campeonato.

Eu entendo agora. Então era isso que estava me incomodando... Equilíbrio.

"Pensando nisso, você é realmente sortudo, Araragi-san. Você tem uma namorada bonita, uma amiga inteligente e gentil, uma caloura talentosa, duas irmãs cheias de vida e agora até mesmo uma garotinha confiável morando com você."

"..."

"Estou quase com inveja. Você realmente faz jus às expectativas. Com uma vida dessas, acho que você não deveria ser tão autoflagelante... Isso vai além da humildade e direto à discordância. É dificilmente de alguma forma diferente de dizer 'Não consigo me tornar um bilionário, eu quero morrer'."

Não consigo imaginar de verdade que alguém ficaria com inveja de mim morando com a Ononoki-chan... Mas ainda assim, é verdade que eu estive sendo abençoado de várias maneiras.

Mas esse é exatamente o problema.

É exatamente por isso que eu quero que as coisas fiquem equilibradas.

Eu quero que os meus sentimentos sejam equilibrados.

Um design equilibrado — quem originalmente defendia isso não era Meme Oshino? Eu estava preocupado de que a Hanekawa se deixou ser influenciada demais por aquele homem de meia-idade quando ela fez planos para viajar pelo mundo, mas parece que posso ter sido infectado pelos ideais dele eu mesmo.

"... Fazer a coisa certa..."

"Huh? O que foi, Araragi-san?"

"É só que eu tive uma discussão sobre isso uma vez com essas Irmãs de Fogo obcecadas com a justiça... Eu subitamente me lembrei disso agora. Acho que é porque aqui é o Inferno. Eu comecei a pensar sobre justiça, mesmo embora eu realmente não queira."

"Hmm. Bem, nós estamos quase no pico da montanha, então se você quiser ter uma conversa, mantenha-a curta. Esta provavelmente será a última conversa que nós teremos, entende."

"Huh...?"

Então eu gostaria de conversar sobre outra coisa.

Ainda assim, é um assunto no qual pensei especificamente porque estou no Inferno no momento, e eu meio que gostaria de ouvir a opinião da Hachikuji quanto a isso, então vou prosseguir independente disso.

"Era sobre como é difícil fazer a coisa certa."

"Difícil, hm? Nesse caso em particular, ao que 'a coisa certa' se refere? Eu acredito que haja muitos padrões diferentes para o que conta como certo e o que conta como errado."

"Nesse caso, pode ser algo simples o suficiente pra que todos esses padrões nem mesmo entrem no jogo... Mesmo quando algo é inquestionavelmente a coisa certa a se fazer, muitas vezes a gente não prossegue com isso, certo? Não é nenhuma questão de relatividade moral ou algo assim..."

"Oho. Então você está argumentando que a natureza humana é inerentemente má. Oh, eu acho esse tipo de conversa simplesmente encantadora."

"Não, eu não queria dizer isso dessa maneira de adolescente irritável... Como posso dizer? Não é que nós sejamos maus — é mais que só somos imaturos."

"Imaturos... não é?"

"Acho que é exatamente por isso que as pessoas dão tudo de si no mesmo tipo de coisa que as Irmãs de Fogo fazem, mais ou menos. Bem, talvez as Irmãs de Fogo são um tipo de exemplo extremo... Mas ainda assim, a maioria das pessoas ficam mais entusiasmadas em consertar o errado do que fazer a coisa certa, certo?"

"... Fazer a coisa certa e consertar errado são duas coisas diferentes?"

"São próximas, mas não tanto, então é fácil confundi-las... A palavra 'tadasu' significa 'deixar algo certo', mas pode significar 'examinar' quando escrita com um kanji diferente. Esse pode ser o significado real da palavra neste contexto."

"... Talvez seja difícil expressar isso em fala," Hachikuji comenta com uma expressão ambígua. Verdade o bastante, é provavelmente tão difícil comunicar o que estou tentando dizer quanto é contar à Hachikuji o que estou pensando agora.

O que é difícil para eu expressar não são os kanjis, mas exatamente o que quero dizer. Embora nós estejamos discutindo tópicos como o bem contra o mal e o certo contra o errado, parece mais que estamos apenas levemente tocando no assunto, vadeando por aí em profundezas rasas, o que pode realmente deixar mais difícil para fazer o meu ponto ser entendido.

"Noutras palavras, em vez de fazer a coisa certa por si mesmas, as pessoas tendem a se ater mais em criticar os erros dos outros?"

"Hm... Bem, talvez seja algo assim?"

Isso ainda não é bem o que quero dizer. Mas é próximo o bastante.

A coisa mais importante aqui é que "consertar o errado" dá às pessoas a sensação de que elas estão "fazendo a coisa certa". É por isso que as duas coisas se misturam, e é por isso que é difícil diferenciá-las. Não somente para a pessoa em questão, mas para as pessoas ao redor dela também.

Até mesmo uma organização de terceiros pode não ser capaz de fazer a distinção entre "justiça" e "deixar as coisas certas"...

"O que você acha, Hachikuji?"

"O que eu acho? Pelo que você disse até agora, 'Uau, faz tanto tempo desde que eu escutei o Araragi-san sendo cínico, o negócio de sempre, entendo, pelo menos ele ainda é ele mesmo' é tudo que me vem à mente."

"Agora eu tô um pouco preocupado quanto a que tipo de imagem você tem de mim..."

"Se você diz isso como criticismo, eu teria que apontar que você está se contradizendo ao exibir seu próprio senso de justiça através do 'consertar o errado' das pessoas que confundem 'consertar o errado' com justiça."

Ela está deixando as coisas complicadas. Agora estou começando a ficar confuso.

Bem, se é isso que eu realmente quero dizer, seria uma auto-contradição e tanto, mas felizmente o bastante, esse não é o ponto principal que estou tentando fazer.

Eu não queria dizer isso como criticismo. Eu estava aprovando isso.

"Se as pessoas continuarem a consertar o errado... se elas continuarem a consertar um erro após o outro, iremos nós eventualmente alcançar uma ardósia puramente branca de 'justiça'? Em vez disso, acho que é mais provável que isso nos traga um tipo de justiça puramente negra, mas para resumir tudo isso, é sobre isso que estou me perguntando."

"..."

"Hachikuji, foi provavelmente errado você ter permanecido na Terra... Foi algo que você não devia ter feito. Foi por isso que as leis da natureza entraram em jogo."

Através da "Escuridão".

"Foi por isso que a natureza retaliou contra você. Você quase acabou incapaz de ir para o Céu ou para o Inferno, forçada a passar o resto da eternidade como um espírito vagante."

"Em vez disso, eu fui quase obliterada. Essa realmente passou perto."

Ela diz isso indiferentemente, mas realmente era algo sério — o suficiente para fazê-la se sentir endividada com a Ononoki-chan com certeza.

"Oh, não, não. A parte a qual estou mais grata à Ononoki-san é pela vez em que ela me deixou ser carregada nos ombros dela para que eu lhe beijasse."

"Tenha um pouco de tato, sim?!"

Eu estava fazendo o meu melhor para não citar isso! Nós não tivemos um acordo tácito de fingir que isso nunca aconteceu?!

"Essa linha de raciocínio é meio... sabe. É como dizer que, em vez de conquistar algo, o caminho mais fácil pro sucesso é simplesmente evitar o fracasso. É uma maneira muito japonesa de se pensar."

"..."

Bem, na verdade muitas pessoas pensam assim no estrangeiro também.

"Como um estudante lidando com exames que reduz pontos por respostas erradas, não é surpreendente que você fosse tomado por essa ideologia, e não sou inteiramente contrária a essa maneira de pensar por si só também. Contudo, se você fizer as coisas dessa maneira, nunca será capaz de conseguir o que você realmente deseja."

"Você nunca conseguirá... o que realmente deseja?"

"Deixa tudo dependente da aprovação de outra pessoa. Você apenas será capaz de conseguir as coisas que as pessoas lhe dão dessa maneira. Claro, isso não é necessariamente uma coisa ruim — mas para alguém como você, que sempre deseja as coisas que estão fora do seu controle e fora do seu alcance, isso simplesmente não funciona."

Você tem que cometer muitos erros. Você tem que falhar de novo e de novo. Você tem que recomeçar as coisas e tentá-las de novo e de novo. Você tem que hesitar, tem que ficar frustrado. Você tem que aprender por tentativa e erro. Você tem que aguentar uma enorme quantidade de criticismo, e no fim disso tudo...

"... Você só tem que ter sucesso, certo?"

"Bem... eu não tava realmente falando de mim mesmo especificamente, sabe. Ainda assim, você pode tá certa... Não, é assim que deve ser."

"Se você simplesmente viver por 'consertar o errado', você pode começar a desejar por erros do mundo e das pessoas ao seu redor sem notar. Se é a isso que isso lhe leva, é uma ideologia bem perigosa. Não posso aprová-la."

"Hmm..."

"Você acabou de dizer que não estava falando de si mesmo. Então de quem você estava falando?"

"..."

Não tenho certeza de como responder a isso.

Era daquelas heroínas da justiça, as Irmãs de Fogo? Não — elas não pensam o bastante em suas ações para garantir esse tipo de discussão.

Então eu estava falando... do Oshino?

Eu queria falar sobre aquele homem que valoriza o equilíbrio, que age como um mediador entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre nós e eles... aquele homem que sempre dizia que as pessoas apenas têm que se salvar por si mesmas?

Não.

Provavelmente, a pessoa a qual eu estava me referindo, aquela da qual eu queria falar... era ela.

Aquela estudante transferida. A sobrinha de Meme Oshino.

Ougi Oshino — eu queria falar sobre ela.

Por que o nome dela não tinha passado pela minha mente até agora? Por que eu não conseguia me lembrar dela? É estranho — ela esteve sendo uma figura chave na última metade de ano da minha vida.

... A Ougi-chan é outra exceção nesta peregrinação? A Hachikuji não chegou a mencioná-la.

Bem, a posição da Ougi-chan em relação a mim é bem diferente da de Senjougahara e da de Hanekawa... Ela age toda desprentesiosa, mas ela é bem persistente em sua abordagem comigo. Nesse sentido, ela pode estar na mesma classe que a Kanbaru.

... A mesma classe que a Kanbaru?

Eu não tinha pensado nisso... mas agora entendo, então a Ougi-chan está na mesma categoria que a Kanbaru... Ela se chamou de uma fã da Kanbaru, então tenho certeza de que ela ficaria feliz em ouvir isso.

Desejando ter uma discussão mais profunda sobre a Ougi-chan, tento pensar numa boa maneira de mencioná-la, mas o tempo acaba antes que eu conseguia vir com alguma ideia boa.

As escadas chegam a um fim. Nós caminhamos pelo portão Torii do Templo Kita-Shirahebi.

Ao caminhar pelo portão Torii, o espaço ao nosso redor — não se distorce numa nova locação. O Templo Kita-Shirahebi continua o mesmo de sempre.

Contudo, é o Templo Kita-Shirahebi de antes de ele ter sido reconstruído. Acabado e arruinado, apodrecendo, seco, uma vista miserável — um templo esquecido que você nem saberia que era um templo a não ser que lhe fosse dito.

Está quase no mesmo estado exato no qual ele estava quando eu vim aqui pela primeira vez com a Kanbaru — a única diferença verdadeira é que não há nenhuma cobra crucificada nas árvores próximas. Já que a Sengoku acabou de descer as escadas, o fato de que isso não foi copiado pode ser um erro no sistema, mas ver várias cobras crucificadas não seria exatamente agradável, então estou bem grato que essa parte foi omitida.

Mas mesmo sem isso, eu fiquei acostumado a ver a versão reformada — recentemente construída do zero, para ser mais preciso — do Templo Kita-Shirahebi, então vê-lo em sua forma arruinada e antiga ainda é o suficiente para fazer o meu sangue curdle.

Logo após eu ter relaxado um pouco por conversar com a Hachikuji, fico completamente tenso novamente. Já que o portão não levou a um local novo ou a uma nova dimensão, isso deve significar que a última parada nesta trilha desconcertante é de fato o Templo Kita-Shirahebi.

Nós vamos corrigir o que saiu dos trilhos.

Espera, não, a Hachikuji disse alguma coisa confusa sobre como nós vamos alterar o que deu certo, em vez disso. Ela vai começar a me explicar isso em breve?

E então.

Adiante do caminho que leva ao templo, logo em frente da construção decadente — eu vejo alguém próximo à caixa de oferendas.

Alguém está esperando por nós.

Essa pessoa é diferente da Shinobu e da Senjougahara, ou da Hanekawa ou da Sengoku, ou de qualquer um que vimos até agora — ela está claramente nos encarando, esperando por nós.

Contudo, eu tinha esperado que haveria alguém no templo — ou eu simplesmente tive um pressentimento, talvez.

Ou talvez fosse uma sensação de déjà vu.

Afinal de contas, no dia 13 de março, eu subi as mesmas escadas e fui cortado em pedaços pela Gaen-san, que estava em espera no meu destino — mas, espera, talvez houvesse uma parte de mim que não esperasse ninguém estando lá também.

Mês passado, eu vim aqui me encontrar com a Kagenui-san, assim como nós concordamos em fazer — mas quando eu apareci no nosso local de encontro no Templo Kita-Shirahebi, fui completamente abandonado.

Yozuru Kagenui.

Aquela onmyoji violenta[5]... ainda não se encontra em nenhum lugar.

Com a personalidade da Ononoki-chan sendo do jeito que é, ela não parece ter muito a dizer sobre o assunto — claro, ela tecnicamente não tem uma personalidade, para começo — mas como aquele que foi deixado para trás, e como aquele com a shikigami dela[6], Ononoki-chan, deixada sob meus cuidados, não consigo evitar ficar um pouco preocupado com o bem-estar dela.

E é por esse motivo.

Independente de se este lugar é apenas um pano de fundo no Inferno, eu tive um pressentimento de que alguém estaria esperando por mim no Templo Kita-Shirahebi, e o pressentimento de que ninguém estaria lá — embora fosse claro que se eu tivesse ambos os pressentimentos, é óbvio que pelo menos um deles estaria correto. Contudo.

Contudo, eu ainda fico surpreso pelo que eu vejo — não consigo evitar ficar chocado com a identidade da pessoa esperando aqui.

Sobre essa caixa de oferendas quebrada e rachada que parece prestes a regurgitar seu conteúdo, senta-se alguém que não é nem Izuko Gaen, nem Yozuru Kagenui.

É um especialista, assim como elas.

Mas um especialista que não é como elas.

... Um especialista que deveria estar morto.

Um usuário de marionetes que foi explodido em pedaços e morreu.

É Tadatsuru Teori.

"Olá, Araragi-kun. Estive esperando por você.”

Notas do Tradutor[edit]

  1. "Encontrar um Buda no Inferno" é um provérbio japonês que se refere a ter sorte quando se menos espera.
  2. O Rei Enma é o Lorde do Inferno na mitologia japonesa. Ele tem um espelho em seu palácio chamado de Espelho Johari, que ele usa para mostrar aos falecidos todos os pecados que eles cometeram enquanto vivos.
  3. Seguindo a nota do "dougyoun ninin" do último capítulo, essa é a uma referência à peregrinação dos 88 templos por volta de Shikoku. Foi mudado para 89 como um trocadilho com o nome da Hachikuji, já que os primeiros dois kanjis no nome dela significam 8 e 9.
  4. "Hachikuji P" é a versão curta de "Hachikuji Producer (Produtora Hachikuji)". É uma piada das trilhas de comentários do anime que veio quando a Hachikui declarou que tinha domínio sobre a produção do anime.
  5. Onmyodo, literalmente "O Caminho do Yin e Yang", é um sistema de mágica japonês ancestral que entrou em proeminência durante o período Heian. Os métodos variam do Yin/Yang, os Cinco Elementos, shikigami e divinação a ofuda e alquimia. Onmyouji é o termo usado para um praticante do onmyodo.
  6. Um shikigami é um espírito conjurado controlado por um onmyoji.


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