Owarimonogatari: Volume 1 ~Brazilian Portuguese~/Fórmula Ougi 002

From Baka-Tsuki
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002[edit]

Se você já acabou preso numa sala de aula misteriosa com uma caloura que acabara de conhecer, tão logo uma hora já tivesse passado, sem dúvidas, quero pedir um conselho — bem, mesmo dito assim, dentro de uma sala aonde o WiFi aparentemente não chega e onde meu telefone celular evidentemente não tem sinal, não sou capaz de receber nenhum conselho vindo do lado de fora no momento.

“É inútil, Araragi,” disse Ougi, enquanto eu tentava abrir a porta de entrada desesperadamente usando tudo de meus braços e pernas, se aproximava do local onde eu estava a passos curtos.

“Ah! Agora a pouco, minha intenção não era afirmar que você é inútil, Araragi? Minha intenção era dizer que eu tentei de tudo, mas as janelas grandes e também as altas parecem não se mover.”

“… Não. Acho que numa situação como esta não há como entender errado o que foi dito e interpretar como eu sendo inútil,” repliquei dessa forma.

Ainda ressentido, eu respondi, “Da minha parte também é inútil.”

“Sim. Assim como o esperado, também é inútil, Araragi.”

“Você não está fazendo isso de proposito? A maneira como você disse que eu sou inútil.”

No entanto, essa não era minha intenção — disse Ougi, rindo como que se fazendo de boba. Ainda com aquele sorriso amigável, ela não me parece ser o tipo de garota que faz esse tipo de piada, então, por hora, eu acreditarei na palavra dela.

Após nos darmos conta de que estávamos aparentemente presos na sala de aula, Ougi e eu dividimos as tarefas em busca de um meio de escapar — eu fiquei no encargo das entradas e saídas comuns, ou seja, investigar a porta que estava na frente, enquanto Ougi investigava as janelas.

“Não me parece que uma chave comum poderia fazer isso… De certa forma, parece que há algum tipo de cola a prendendo.”

Tenho a impressão de que passei uma hora forçando a porta — enquanto novamente girava meus braços dormentes. A conclusão que tomei após quase uma hora foi um “parece que”, o que é constrangedor para um veterano, essa é a verdade.

No que cabe à Ougi — uma caloura que iniciou recentemente no Colégio Naoetsu como uma estudante transferida — ela sorriu daquilo que pontuei como minha opinião.

“Sim, como fora supracitado, a janela não se move sequer um milímetro também. No que diz respeito à chave, há uma trava móvel, a qual pode ser movida. Pode-se movê-la à vontade — ainda nesta situação, é possível travá-la e destravá-la. Entretanto, a janela em si, que é o mais importante, não pode ser aberta. Naturalmente, travá-la ou destravá-la não altera a situação. — Sim, “parece” que há algum tipo de cola a prendendo, provavelmente.”

“…”

Ela imitou minha declaração infantil no final, mas guardo julgamento se sua real intenção era apoiar seu veterano ou tirar sarro dele.

“Isto é, todas as janelas sem nenhuma exceção?”

“Correto. Evidentemente, eu utilizei todo tipo de método para checá-las. Não omiti nenhum ponto importante em minha análise gera — janelas grandes, janelas altas, aquelas ao lado do corredor e também aquelas ao lado do ginásio.”

Segundo Ougi, nenhuma se movia.

“As janelas ao lado do ginásio…”

Eu falava enquanto me virava, então olhei para a outra direção. Falando francamente, ainda mais do que estar preso, particularmente aquela direção — posso dizer que há um problema naquela direção.

Naturalmente, não há nada de incomum no cenário em si — algo como um inferno que se espalha do outro lado da janela, um dinossauro rugindo ou um mar de fogo, não há nada desse tipo.

O que vejo é um ginásio comum — o comum ginásio da Escola Naoetsu. O clube de basquete, do qual Kanbaru se retirou, provavelmente deve estar no meio de suas atividades lá. Ainda que eu não ouça nenhum som, que provavelmente se dá ao fato dessa sala de aula bloquear qualquer som que venha do lado de fora.

Mesmo que o som não possa entrar de forma alguma, ainda assim, mesmo isso não era o problema — em comparação ao lado de fora da janela.

Não, como eu disse, o ginásio não é nada além de um ginásio.

Não havia nenhuma anormalidade lá — o problema é que o ginásio não pode ser visto no atual prédio escolar em que nós estamos.

“Essencialmente — é que daqui, aquilo que deveríamos ver é o campo.”

Isso mesmo. O prédio para onde Ougi e eu caminhamos fora construído ao lado do campo — por isso não deveríamos poder ver um esporte de quadra fechada como é o caso do clube de basquetebol, mas em vez disso, o clube de baseball ou de corrida.

“…”

Se eu pudesse colocar minha cabeça para fora da janela e olhar em volta o que há lá fora, mas como essa janela não abre, isso é impossível. Mesmo sendo um mero ginásio, sinto que há certa estranheza nele.

E se isso for um mal-entendido? Com a pretensão de irmos ao prédio em frente ao campo desportivo, erroneamente chegamos ao prédio em frente ao ginásio, ou algo assim — não, esse erro terrível, ao lado de uma caloura que acabei de conhecer, minha ignorância lhe salta ao olhar nessa ação atroz.

Em primeiro lugar, ainda que estejamos em um piso no terceiro andar, mesmo que esse seja o caso, o ginásio do outro lado da janela parece antinatural. A não ser que esse seja o quinto andar, no mínimo do quarto andar, não há como ver o telhado do ginásio dessa maneira — bem, pensar na possibilidade de que esse seja o prédio errado também abre espaço para se pensar que há a possibilidade deste ser o piso errado…

Entretanto, suponha que o motivo para o incomum cenário tenha sido um mero mal-entendido, ainda assim, isso não altera a situação de encarceramento em que Ougi e eu estamos.

Entretanto, suponha que o motivo para o incomum cenário tenha sido um mero mal entendido, ainda assim isso não altera a situação de encarceramento em que Ougi e eu estamos.

Mesmo assim, pergunto-me se não há nenhum outro meio senão colocar a cabeça para fora da janela para descobrir qual andar é esse — ao passo em que eu pensava sobre isso—

“Por hora, talvez essa seja a hora adequada.”

Assim disse ela.

“Hora adequada? De que forma?”

“A hora adequada — para trazer à tona medidas drásticas. Veja, nesse ritmo, tanto eu quanto você passaremos fome. Vamos morrer de fome e sede.”

“Sim, pode ser, mas…”

Mas acho que pensar em morrer de fome nesse momento é uma preocupação exagerada, todavia, se nossa prisão continuar, é inevitável que esse seja o resultado. Não, eu bem que estou mais ou menos confiante na minha capacidade de aguentar a fome, mas pode não ser o caso para a Ougi, que ainda está em seu período de crescimento.

“Mas, por medidas drásticas você quer dizer…”

Justo quando eu me virava para ouvir qual era sua resposta, não havia mais necessidade de perguntar — uma vez que era óbvio. Ougi então pegou com ambas as mãos uma das mesas dispostas em fileira na sala de aula. A partir de agora é hora da limpeza, em sua tentativa de mover a mesa de lugar isso poderia tomar a forma de alguém com o objetivo de limpar o chão, ainda que sua real intenção tenha sido o mais completo “extremo da sujeira”.

— Preparar, já!

Com um grito encorajador, Ougi carregou e apontou a mesa na direção da janela para então arremessá-la. Não fora a janela na direção do corredor, seria então atirada na direção do ginásio (na verdade, campo). Após certo tempo, ela disse o seguinte: “No caso do corredor, é perigoso no caso de alguém eventualmente passar lá”, o risco não é tão diferente assim numa situação onde se joga uma mesa para o lado de fora. Quero dizer, (seja aqui o terceiro ou o quinto andar), somado à energia potencial, o vidro quebrado e também à mesa atirada, o nível de periculosidade talvez tenha até se elevado — mas, de qualquer forma, era um medo irracional e sem qualquer motivo.

A mesa que a Ougi mirou e atirou no vidro da janela, como que naturalmente, ricocheteou assim como uma bola de borracha lançada em uma dura parede, seu conteúdo — livros didáticos e listas de exercícios se espalharam no chão junto de um porta-lápis. Parece que o dono deixou seu material dentro da mesa; aquela bagunça poderia ser definida em uma palavra, como um desastre — a mesa também quicou algumas vezes, virou do avesso e parou.

Não havia sequer um dano feito ao vidro.

Logo em seguida, incluindo a mesa ricocheteada, todo o conteúdo que fora ao chão, mesmo tendo ficado espalhado aqui e ali, também não havia sido quebrado.

E esses foram os resultados das “medidas drásticas” de Ougi — de outro modo, a conclusão não tinha nenhuma relação com qualquer outra.

“… De qualquer forma, se vai atirar a mesa, não é melhor atirar uma que não tem nenhum conteúdo por dentro? Se você pensa em limpar tudo depois.”

Eu dizia — não, caso fosse dizer, no lugar de atirar uma mesa sem nenhum bom senso, uma cadeira não teria sido melhor como objeto de experimentação então? O alvo dela não era nada além do vidro, que não podia ser destruído com as mãos nuas de imediato, então a minha dúvida é por que ela se deu todo o trabalho de escolher justamente uma mesa — mas essa minha dúvida logo foi solucionada.

De todo aquele conteúdo que se espalhou a partir da mesa, Ougi retirou uma caneta esferográfica (a qual estava dentro do porta-lápis), e uma vez com a caneta em mãos, ela seguiu em direção ao quadro-negro. Parece-me que para eliminar o trabalho de pegar aquela caneta, matando dois pássaros com uma pedra, uma mesa foi arremessada, e não uma cadeira, visando seu conteúdo. De algum modo racional, e também de algum modo complicado — entretanto, assim que essa dúvida é solucionada, logo outra aparece. Ainda assim, qual seu objetivo com aquela caneta? Com o som de um clique, pude ver a ponta da caneta, entretanto, para se escrever no quadro-negro não se usa caneta, e sim giz…

“!”

Não consegui pará-la a tempo. Ela arranhou o quadro-negro com aquela caneta. Normalmente, essa relação é suficiente para atormentar os nervos de uma pessoa, mas, naquele espaço hermético o som não se propagou — não havia nada.

Não houve nenhum barulho.

Aparentemente não era nada em maior ou menor grau, embora seu “traço” tenha sido feito tal qual o corte de uma espada, o quadro-negro não tinha um arranhão sequer, tampouco a tinta da caneta. Acho que o arranhão que vi foi uma ilusão de ótica, em verdade, me pergunto se a real intenção de Ougi não foi a de mirar e errar o alvo.

“Realmente inútil. Entendo.”

“O… O que você tentou fazer, Ougi?”

“Sim, uma vez que minha tentativa de destruição através do impacto foi um caso impossível, então em seguida, pensei que destruir o vidro por meio da ação da ressonância sonora seria o caso.”

Ela falou sem um pingo de hesitação. De alguma forma, ela planejou destruir a janela por meio da vibração, fez algo altamente refinado mesmo com uma aparência inocente — mesmo assim, parece ter falhado. Entretanto, ao que parece, esse erro foi levado em consideração desde o começo, Ougi manteve aquela aparência inocente e atirou a caneta ao chão.

Atirar a mesa de modo que ela atinja o vidro e que uma caneta venha a surgir de seu conteúdo deve ser uma atitude racional, mas aquele resultado, sujar a sala de aula dessa forma é de um todo irracional, pensava eu enquanto arrumava as coisas por lá, deixando tudo do jeito que estava. Ainda assim, a forma que estou limpando essa bagunça, em especial nesse caso, é o suficiente para chamar isso de uma atitude lógica?

“Sim…”

Naquela situação em que eu reendireitava e organizava os livros didáticos dentro da mesa, foi quando, de súbito, um nome escrito com marcador entrou em meu campo de visão — “Profundidade[1], primeiro ano, 3ª turma”.

Então aqui é a sala de aula de alguém do primeiro ano? Acho que havia algo assim escrito… Mas quando eu entrei, não olhei muito bem para a placa. Em primeiro lugar, não sei se havia uma placa, não me lembro disso muito bem. Não, deixando isso de lado, Fukadou? Fukadou… esse é um nome comum?

“Araragi. Desculpe-me interrompê-lo no meio de seu trabalho, mas, por favor, você pode vir aqui um instante?”

A voz de Ougi interrompeu meus pensamentos. Trabalho ou o que seja, o que estou fazendo no momento, em uma palavra, é limpar sua bagunça, mas em todo caso, dei uma pausa na arrumação, tão logo fui em direção à porta na entrada principal, que anteriormente forcei, chegando então ao lado dela, onde lá estava Ougi, percorri todo o caminho assim como me foi dito.

“Ah, errado, errado — por favor, retorne mais um passo. Um pouco mais para a direita, foi muito para a direita. Sim, recue mais meio passo; agora poderia estufar um pouco mais o peito?”

… Quanta minucia em suas instruções. O que será que ela planejava fazer, eu não tinha a mínima ideia disso — sobre isso, pensei que atirar uma mesa contra o vidro e arranhar o quadro-negro seria o suficiente para puxar a cortina de toda essa atitude violenta em sala. Entretanto, esse não era o caso — ainda um, ela deve ter deixado uma última. Uma extraordinariamente violenta medida viria.

Quando pensei em inclinar meu corpo para baixo, Ougi me acotovelou com extrema força, mirou justo em meu epigástrio — meus reflexos não cumpriram com suas funções, aquele único golpe deteve um tremendo estouro.

“Guha!”

Conforme ilustrado, com o peito inflado, meu corpo arqueou-se de dor feito um sistema de molas, e eu, como que dando uma cambalhota, fui ao chão. Com tamanho ardor, quase bati minha cabeça contra a porta — passou bem perto, encolhi-me no chão.

“Ka… Ha. O-O quê… Ougi… você…”

“Entendo. Parece que foi inútil.”

Disse ela inocentemente ao lançar um olhar soslaio para mim, que respirava sofridamente. Não havia nenhum ar de acanhamento.

“Não, é que pensei que talvez ácido estomacal pudesse corroer a porta. Tanto impacto quanto ressonância se mostraram impossíveis, então pensei que algo como derreter pudesse funcionar. Mesmo assim, essa abordagem também aparenta ser sem sentido. Apenas deixou a porta suja. Ainda que seja o caso, e ela derreta, não é como se pouquíssimas gotas do seu ácido estomacal possam derreter uma porta — por favor, seque isso depois, tudo bem?”

“…”

Parece que o alvo da cotovelada não foi meu epigástrio, e sim meu estômago — então sua intenção era a de me fazer vomitar ácido estomacal. Tendo praticado um ato extremamente cruel com aquele rosto inocente, essa garota. Por que eu repentinamente fui golpeado por uma garota que acabei de conhecer, o que… que tipo de destino é esse.

“Ah! Desculpe-me, doeu?”

Ela disse aquilo com tamanho descaramento, contrário a isso, também não aguentava minha barriga. Isso foi meio que refrescante — contudo, por sinal, estou feliz por viver em um ambiente familiar onde esse tipo de violência é comum. … Quando digo que estou acostumado a ser acertado no estômago, que ambiente familiar violento.

Acho que o destino é algo cruel.

“Não foi nada. Não foi grande coisa.”

Dizendo algo com um quê de orgulho, me levanto. Deixando a parte de fingir essa calma de lado, se é dessa forma que a caloura agora chegou a sua conclusão, então quem sabe seja melhor mudar minha atitude.

“É mesmo? Como esperado do Araragi. Mesmo eu me prontificando para vomitar suco gástrico, com um pouco de sorte, o resultado seria algo como uma pintura. Se tratando de você, em vez de fazer uma garota vomitar suco gástrico, achei que você seria o tipo que vomita no lugar dela, em minha incompetência, sinto que cometi um erro.”

“Obrigado pela consideração… Eu realmente sou o tipo que vomita por uma garota para que ela não tenha que fazê-lo.”

Esse é um tipo muito bem detalhado! “Vomitar suco gástrico” por si, em primeiro lugar, é um pensamento excêntrico, ainda assim, respondi Ougi, que portava um sorriso cordial, de forma apropriada. Se aquele sorriso zombava de mim ou se havia nele a intenção de consolar um veterano confiável, eu realmente não compreendia.

Esse sentimento de algo sem fundo.

Entendo. Com toda a certeza, ela é sobrinha ‘daquele homem’ — mesmo que não haja nem a mínima aparente semelhança.

“Em todo caso, é impossível destruir tanto as janelas como a porta. Evidentemente, sem nenhuma ferramenta profissional, acho que derrubar as paredes está fora de questão.”

“Se ao menos eu tivesse um explosivo plástico.”

Ela disse algo tão perigoso assim — na verdade, se considerar o momento em que fui acotovelado sem nem um pingo de hesitação, se no caso houvesse pólvora pronta para detonação ao alcance das mãos, parece-me que ela a usuária sem hesitar. Ainda assim, em um lugar como esse, se as paredes desta sala de aula podem ou não serem destruídas, é outra história — também não há erro ao considerar que, lamentavelmente, nós não estaríamos seguros aqui dentro.

“Não há o que se fazer, e acho que isso é uma guerra prolongada. O problema é que curiosamente a impaciência de sair daqui faz a gente ficar mentalmente exausto. Vamos esperar ajuda do lado de fora, Ougi — felizmente, Kanbaru sabe que estamos aqui.”

Respondi magnânimo. Tão alegre quanto pude, alegremente.

Honestamente, minha compostura não tinha nenhuma relação com minha condição mental, mas, entretanto, com a intenção de passar uma sensação de segurança para a caloura, quero mostrar minha tolerância. Se tratando de Ougi, ficar presa em um espaço fechado com um jovem que acabou de conhecer deve ser uma preocupação e tanto… E se esse é o caso a cotovelada de agora a pouco pode ter sido uma resposta a essa intimidação, ainda assim, não consigo ver isso como uma forma de prudência.

Em todo caso, sua atitude aqui me fez sentir que ela tem a intenção de testar minha masculinidade. Quero dizer, apoiá-la caso ela tome alguma decisão errada.

“Será mesmo?”

Disse a própria Ougi, entretanto, não aparentava preocupação nenhuma em particular, sua forma era calma — assim como eu, ela provavelmente está fingindo essa confiança.

“Como uma grande fã dela, eu também espero ajuda vinda da Kanbaru, ainda assim — entretanto, acho que há uma chance muito pequena que a salvação venha do lado de fora.”

“? Por quê? De repente, após a aula, dois alunos desaparecem — mesmo que não seja a Kanbaru, provavelmente alguém notará. Os seus colegas de classe ou os meus colegas de classe, se isso acontecer, definitivamente haverá um tumulto.”

Talvez tumulto tenha sido um exagero de minha parte — pelo menos em se tratando de minha ausência, meus colegas de classe tratariam o assunto como sendo “algo comum”. Incluindo Senjougahara e Hanekawa. Entretanto, no caso de Ougi, uma aluna que se transferiu e agora some isso certamente seria assunto.

“No caso de se ver uma mochila esquecida, é possível compreender o fato de que algum estudante ainda não saiu. E tão rápido isso aconteça, alguém a muito custo virá, com certeza.”

“Então você está esperando ajuda de alguém, Araragi. As pessoas salvam a si mesmas — e ainda assim.”

“!”

“Desculpe-me pela minha descortesia. Esse foi um principio do meu tio, não tinha nenhuma relação comigo ou com você. Não que depender dos seus colegas seja algo ruim, mas fundamentalmente, não acho que devemos abandonar a nossa tentativa de sair daqui sem ajuda. Por que será?”

Disse ela enquanto apontava. Se for daquilo que ela falava, acima do quadro negro, havia um relógio pendurado — o que vi naquele momento me congelou.

O ponteiro do relógio.

Desde o momento em que entramos nessa sala de aula — nem um minuto e um segundo sequer, não houve o menor movimento.

“Sem bateria — esse, evidentemente, não é o caso.”

Disse Ougi enquanto mantinha aquele sorriso.

Notas do Tradutor[edit]

  1. Nesse caso, a leitura do nome não é indicada, sendo, portanto, lido como palavra ou adjetivo profundidade (深遠, shinen).


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