Koyomimonogatari ~Brazilian Portuguese~/Koyomi Nada/005

From Baka-Tsuki
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005[edit]

E agora o epílogo; ou melhor, a punch line.

Quanto a como eu consegui resolver meu próprio descuido — como eu consegui armar uma chance falsa de vitória.

Bem, não era uma ideia tão impressionante.

Minhas ações e padrões de pensamento não tinham muita variação neles — é por isso que, fundamentalmente, eu segui os mesmos métodos que eu tinha tomado contra a Kagenui-san uma vez durante as férias de verão.

Para explicar para aqueles que não sabem, naquele dia das férias de verão, eu tinha tido meu sangue sugado pela mera sombra da vampira lendária, Oshino Shinobu, para desafiar a Kagenui-san... Tendo meu sangue sugado, nossa natureza vampírica foi aumentada, energizando-me (assim como a Shinobu).

Bem.

Não importa o quanto eu aumentasse minhas habilidades vampíricas, num grau assustador, eu ainda não consegui encostar um dedo na Kagenui-san, que se especializou em esquisitices imortais — contudo, mesmo assim, essa era a melhor maneira de se fazer isso.

A melhor maneira, e ao mesmo tempo, a pior maneira.

É por isso que, se eu estivesse sob circunstâncias irrestritas, eu simplesmente teria feito a Shinobu sugar mais sangue do que da última vez, e essa seria uma maneira que era ‘fácil de pensar’, fácil de se inventar, para vencer no jogo da Kagenui-san com as ‘melhores chances de vitória’ — contudo, nesse ponto, eu não podia fazer nada próximo a isso.

Eu não podia me transformar mais em um vampiro do que isso — até mesmo a Kagenui-san sabia disso. Então mesmo que eu fingisse fazer algo assim e a desafiasse, eu só acabaria sendo mais espancado do que o necessário.

Mesmo antes disso, se eu virasse um vampiro mais ainda, então como uma especialista — como uma especialista contra esquisitices imortais, ela indubitavelmente pulverizaria minha existência.

O fato de que ela tinha me liberado nas férias de verão foi verdadeiramente um milagre — especialmente já que ela não era do tipo de pessoa que poderia ser convencida por lágrimas.

Já que ela era uma pro.

Então eu não usaria a ideia de se transformar num vampiro para perder — mas a ideia de pegar o poder da Shinobu emprestado ainda estava à mesa.

Eu pegaria emprestado o poder dela de materialização de matéria.

Shinobu tinha a habilidade não convencional de criar qualquer coisa que imaginasse, de qualquer maneira que ela quisesse, das sombras e da escuridão, tudo isso enquanto ignorando a lei da conservação de energia e a lei da conservação de massa — então dessa vez, eu a fiz criar uma pistola.

Um revólver.

Uma arma.

Yahoo!

Não importa o quão forte a Kagenui-san fosse, eu seria capaz de vencer facilmente com uma arma!

Como se esse fosse o caso.

Eu não seria capaz de derrotar alguém como ela com uma bazuca, quanto mais uma arma — vampiros podem morrer se acertados por uma bala de prata, mas não importa que tipo de bala fosse, duvido que a Kagenui-san morreria por ela, ou sequer ser acertada por ela.

Então o motivo para eu ter trazido uma arma era apenas pelo bem da retórica — afinal de contas, a Kagenui-san tinha dito um acerto.

Se eu conseguisse acertá-la uma única vez.

Mas ela nunca disse que esse acerto pudesse ser um punho ou uma bala!

Embora essa parecesse mais uma das minhas ideias tolos, precipitadas e simplistas — e, mais importantemente, iria falhar com cem por cento de certeza.

Havia um bocado de poder persuasivo numa ideia que falharia — quando eu puxasse o gatilho, não havia como a bala sequer arranhar a Kagenui-san.

O tolo estudante do colegial com uma tola irmã desafiou ela a um jogo e perdeu — e a história acabaria aí. Uma reposta instantânea a essa consideração casual... Bem, em termos de limpar os restos do meu descuido, eu diria que era uma nota de passagem.

Então no dia seguinte, eu tinha a pistola em mãos (já que a arma foi desenhada pela Shinobu, tinha o design excêntrico de algum tipo de revólver automático), e visitei o Templo da Cobra Branca do Norte.

Era consideravelmente perigoso, se digo isso eu mesmo, colocar uma pistola nas mãos de alguém tão imprudente quanto eu, mas vamos deixar isso de lado — quanto a relação de Kagenui Yozuru e Ononoki Yotsugi.

Meu desejo de saber sobre ela não tinha mudado, mas... Bem, era algo que eu poderia perguntar após as coisas serem resolvidas.

Mas minha intuição, que não estava sempre certa, me disse — que a maneira em que a Kagenui-san vivia sua vida sem tocar no chão não estava não relacionada à existência da Ononoki-chan.

A maneira em que eu tive que sacrificar muitas coisas para viver junto com a Shinobu — mas não era algo que eu tivesse confirmado ainda.

Mesmo que eu pudesse ouvir apenas isso.

Eu teria sido capaz de me acalmar um pouco e encarar meus exames de cabeça erguida — ou foi o que pensei.

Eu tinha chegado ao Templo da Cobra Branca do Norte, mas parecia que a minha intuição, que não estava sempre certa, tinha estado errado mais uma vez — mas dessa vez, não tinha nada a ver com a relação entre a Kagenui-san e a Ononoki-chan.

“Hein...?”

O templo sem um deus.

Um templo vazio em que somente a construção havia sido restabelecida — um ponto de encontro perfeito para os vagantes.

Na base daquele templo, a onee-san mais forte que eu conhecia — a especialista invicta Kagenui Yozuru — tinha desaparecido.

Sem deixar uma sombra ou um rastro, ela tinha desaparecido.

“Hã?”

Ela desaparecer sem dizer nenhuma palavra de despedida — e ela desaparecer deixando a Ononoki-chan para trás, não havia chances de que esse fosse o caso.

“Hein...?”

Continua.


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